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quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Diário de uma repórter: Calçadas infâmes

Texto: Maria Lúcia Zanelli




Na terça-feira, marquei encontro com o motorista e com o fotógrafo da Imprensa Oficial para ir até o Jaraguá. O encontro foi na Rua Boa Vista, na saidinha do metrô São Bento. Enquanto eu esperava a carona, fiquei observando o calçamento da rua e a luta das pessoas para tentar andar naquele local. Para as mulheres, as calçadas da rua Boa Vista e de outras tantas da capital paulista são um verdadeiro transtorno e perigo constante.
Uma moça elegante, nem tanto, ela estava usando sandália de plataforma, virou o pé. Nem sei como saiu andando. Aqui, na rua da Mooca, onde eu trabalho, é outro inferno. Uma colega de redação quebrou o pé no horário de almoço. Ela estava indo comprar um par de sandálias porque estava preocupada com as tentativas de se equilibrar naquele salto.
Eu estava na fila da exposição do diretor Stanely Kubrick. Como a fila era demorada (eu fiquei três horas em pé), acabei observando o estado das calçadas em plena Avenida Europa. Descobri ali, que os buracos da cidade são democráticos, ou seja, nem só em calçada de bairro pobre, eles brotam....
Quando cheguei ao CIC Oeste, no Jaraguá, fui entrevistar a secretária da Justiça e da Defesa da Cidadania, a doutora Eloísa Arruda. Ela se desculpou porque não podia levantar da cadeira. Ela tinha quebrado o pé... tentando andar nas calçadas da rua Boa Vista....  

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