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terça-feira, 10 de agosto de 2021

Cinema - 32º CURTA KINOFORUM


 


 

 

 

 

 

Com um total de 200 filmes, representando 39 países, a 32ª edição do Festival Internacional de Curtas Metragens de São Paulo - Curta Kinoforum acontece de 19 a 29 de agosto, de forma online e gratuita, disponível em todo o território brasileiro. O evento é considerado um dos maiores e mais tradicionais festivais dedicados ao formato do curta-metragem no mundo. Todos filmes e encontros podem ser acessados pelo endereço www.kinoforum.org.  

 

A produção brasileira está representada por um total de 116 títulos. Estão presentes “Céu de Agosto”obra recém-premiado no Festival de Cannes e que tem no elenco Gilda NomacceEla Que Mora no Andar de Cima”, estrelado por Marcelia Cartaxo, o amazonense “Seiva Bruta”com Luiz Carlos Vasconcelos no elenco e eleito como melhor curta-metragem latino-americano no prestigioso Directors Guild of America (DGA) e “Menarca”, de Lillah Halla, selecionado para a Semana da Crítica do Festival de Cannes e vencedor do prêmio do público no festival Cinelatino de Toulouse (França). A pandemia da Covid-19 é abordada em produções como em “República” (de Grace Passô), “Monumento ao Wi-fi” (de Gustavo Vinagre), “Gilson” (de Vitoria Di Bonesso), “República das Saúvas” (Piero Sbragia) e “Janelas Daqui” (de Arthur Sherman e Luciano Vidigal). Estão programadas obras assinadas pelos cineastas com elogiada carreira, como Evaldo Mocarzel (“O Menino, O Sabiá e o Rato”), Petrus Cariry (“Foi um Tempo de Poesia”), Rafael Conde (“O Suposto Filme”) e Sylvio Lanna (“Nova Pasta. Antigo Baú”).

 

Exibições especiais marcam os 20 Anos de Oficinas Kinoforum de Realização Audiovisual, com apresentação do o filme “Sobre Olhares – Oficinas Kinoforum”, os 40 anos da morte do cineasta Glauber Rocha, com o polêmico curta “Di Cavalcanti Di Glauber” (1976), e o centenário de nascimento do realizador francês Chris Marker, através da programação do seminal “La Jetée” (1962). A influência deste último em curtas-metragens brasileiros merece um programa que inclui “Vinil Verde”, de Kleber Mendonça Filho, e “Juvenília”, de Paulo Sacramento.

 

Um programa presta homenagem à montadora e professora Vânia Debs, falecida no último mês de junho. São exibidos curtas clássicos em que a profissional atuou, como “Verão”de Wilson Barros, “A Garota das Telas”, de Cao Hamburger, “O Crime da Imagem”, de Lirio Ferreira, “Clandestina Felicidade”, de Marcelo Gomes e Beto Normal, e “Morte.”, dirigido por José Roberto Torero e protafgonizado por Paulo José e Laura Cardoso.

 

A representação latino-americana soma 19 filmes, produzidos em nove países da região.

Entre os destaques está “Correspondência”, uma espécie de correspondência visual entre as premiadas cineastas Carla Simón (Espanha) e Dominga Sotomayor (Chile), o mexicano “A Felicidade do Motociclista Não Cabe em Sua Roupa”, lançado pelo Festival de Berlim, “Quem Diz Pátria Diz Morte”, que focaliza os recentes distúrbios políticos e sociais no Chile, o uruguaio “Blanes Esquina Müller”, vencedor do prestigioso festival Bafici de Buenos Aires, o mexicano “O Sonho Mais Longo de Que Me Lembro”, selecionado para o Festival de Sundance e “A Montanha Lembra”, que venceu a competição internacional do festival É Tudo Verdade.

 

Entre os destaques internacionais da programação estão “Estrela Vermelha” traz a assinatura do badalado diretor e ator francês Yohan Manca, e obras premiadas no Festival de Clermont-Ferrand, o mais importante evento dedicado ao curta-metragem: “Irmãs” (Estônia), “Nadador” (Suécia) e “Ônibus Noturno” (Taiwan). A programação inclui ainda Viagem ao Paraíso”, produção do Vietnã premiada no Festival de Locarno, “Casca”, eleito como o melhor curta internacional do Festival de Annecy, “Passagem”, curta alemão que evoca as primeiras experiências pré-cinematográficas de Eadweard Muybridge (1830-1904), “O Cordeiro de Deus” (Portugal) e “Dustin” (França), ambos selecionados para o Festival de Cannes. Estão presentes ainda duas elogiadas produções africanas, “Chega Para Lá” (Ruanda) e “O Paraíso Desce à Terra” (África do Sul). 

 

Os programas especiais jogam luz sobre a cultura indígena, com uma mostra dedicada ao festival Amotara, dedicado a mulheres cineastas, e a sessão Música e Modo de Viver dos Guaranis. A produção feita por jovens cineastas das periferias merece espaço nos programas Diálogos: André Novais Oliveira e Lincoln PériclesCine Social Club e Kinolab Tela Digital – Destaques. Completam a programação a Mostra Limite, dedicada à experimentação e reinvenção, a Mostra Nocturno, com filmes fantásticos e de horror, Mostra Infantojuvenil, focada no público dessas faixas etárias, e os programas especiais Christian Petzold e a Escola de Berlim e Experimenta: Duo Strangloscope.

 

Uma série de 12 encontros discutem temas como o cinema das mulheres indígenas, o filme de curta duração nas plataformas de streaming, o cinema realizado nas periferias brasileiras e a produções de cursos audiovisuais durante a pandemia da Covid-19. Participam das mesas nomes como os cineastas Graciela Guarani, Paulo Caldas e Kleber Mendonça Filho, o compositor Livio Tragtenberg,  o filósofo Pablo Ortellado e Bernard Payen, da Cinemateca Francesa.

 

Festival Internacional de Curtas Metragens de São Paulo - Curta Kinoforum realiza também uma oficina de crítica cinematográfica e uma gincana audiovisual com escolas e cursos superiores. Parte dos filmes programados ficam disponíveis com recursos de acessibilidade de 19 a 25/08 no site www.kinoforum.org.

 

As exibições e encontros ficam abrigados nas plataformas digitais parceiras Innsaei.TV, Cardume, Spcine Play e Sesc Digital.

 

A cerimônia de abertura acontece na quinta-feira, 19/08, às 20h00, com condução da jornalista Flávia Guerra.

 

O festival é organizado pela Associação Cultural Kinoforum e tem direção da produtora cultural Zita Carvalhosa. Segundo ela, o festival este ano “comprova o vigor da produção no formato curta-metragem: mesmo em plena pandemia, recebemos 2.800 inscrições, sendo 600 só de obras brasileiras. O desafio foi montar uma programação com diferentes recortes de tempo e lugares, de vozes e territórios, para todas as idades e gostos. Acima de tudo, o objetivo foi o de criar um evento que celebre a criatividade e a vida”.

 

Viabilizado através do Edital ProAC Expresso Lei Aldir Blanc, o evento conta com patrocínioda Spcine e da Prefeitura Municipal de São Paulo. Uma realização da Associação Cultural Kinoforum, Sesc e Museu da Imagem e do Som, tem como correalizadores o  Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, Ministério do Turismo e Governo Federal.

 


DESTALHES SOBRE OS PROGRAMAS

 

Programas Brasileiros

 

Os Programas Brasileiros do Festival Internacional de Curtas Metragens de São Paulo – Curta Kinoforum conta com 48 filmes, selecionados de um total de 500 inscrições. Estão presentes produções de 14 estados e do Distrito Federal. As obras são assinadas por diretores veteranos e também por cineastas estreantes, com vários títulos tendo obtido premiações em festivais brasileiros e internacionais. A seção está organizada em Mostra Brasil e Mostra Competitiva. A competição conta no júri com a produtora cultural e curadora Márcia Vaz, o cineasta Hilton Lacerda e Ana Ventura Miranda, jornalista, produtora cultural e promotora artística portuguesa, diretora do Arte Institute em Nova York.

 

A pandemia da Covid-19 é abordada em parte das produções. Dirigido pela atriz Grace Passô, “República” foi eleito melhor curta-metragem do ano pela Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine) ao evidenciar a dimensão da necropolítica que opera no país. Cartas pandêmicas estão na base da coprodução Brasil/Cuba “Monumento ao Wi-fi”, do cineaste Gustavo Vinagre (do premiado longa “Vil, Má”). Já “Gilson”, de Vitoria Di Bonesso, aborda a desigualdade social e concentração de renda através da trajetória de um entregador de aplicativo de delivery que precisa trabalhar durante a pandemia. Em “República das Saúvas”, Piero Sbragia trata da ignorância e do negacionismo. Reflexões sobre a pandemia na favela do Vidigal, Rio de Janeiro, estão em foco em “Janelas Daqui”, de Arthur Sherman e Luciano Vidigal – este último, codiretor do longa “Cidade de Deus: 10 Anos Depois”).

 

Entre os longas-metragistas com obras no evento está Evaldo Mocarzel (de “A Margem da Imagem”), que dedica “O Menino, O Sabiá e o Rato” ao cineasta francês Robert Bresson (1901-1999), utilizando frases de seu livro “Notas sobre o Cinematógrafo”. Petrus Cariry (de “Mãe e Filha”) recupera, em “Foi um Tempo de Poesia” material inédito com o poeta Patativa do Assaré (1909-2002). Imagens de sua autoria são revisitadas pelo realizador mineiro Rafael Conde (de “Samba Canção”) estão em “O Suposto Filme”. Responsável por “Sagrada Família”, importante título do ciclo do cinema marginal brasileiro, Sylvio Lanna faz em “Nova Pasta. Antigo Baú” um ensaio sobre a vida e o início do amor.

 

O cineasta Carlos Reichenbach (1945-2012) ganha homenagem em Olhos Livres, de bio Rogério, enquanto o jogador Sócrates (1954-2011) tem entrevista inédita no centro de “Carta ao Magrão”, de Pedro Asbeg (do longa “Democracia em Preto e Branco”).

 

Vencedor de menção especial do júri no recente Festival de Cannes, “Céu de Agosto”, de Jasmin Tenucci, focaliza uma enfermeira grávida que se vê cada vez mais atraída por uma igreja neopentecostal e tem no elenco a atriz Gilda Nomacce (do longa “As Boas Maneiras”). 4 Bilhões de Infinitos”, de Marco Antonio Pereira, acumula premiações em festivais no Brasil e na Alemanha ao mostrar crianças fabulando diante de uma tela em em branco. Estrelado por Marcelia Cartaxo (premiada por “Pacarrete”) e Raquel Rizzo, “Ela Que Mora no Andar de Cima” mostra a peculiar relação entre duas vizinhas e angariou duas dezenas de láureas em eventos no país e no exterior. Com uma protagonista que fabrica o dendê que utiliza no seu acarajé, “O Babado de Toinha”, de Sérgio Bloch, foi eleito como melhor documentário no NYC Downtown Short Film Festival (EUA). O amazonense “Seiva Bruta”, de Gustavo Milan, acompanha uma travessia de um grupo de imigrantes venezuelanos e conquistou o prêmio de melhor curta-metragem latino-americano no prestigioso Directors Guild of America (DGA). No elenco do filme estão Luiz Carlos Vasconcelos (das séries “Justiça” e “Aruanas”) e a venezuelana Samantha Castillo (premiada nos festivais de Montreal e Turim por “Pelo Malo”). Passado em uma aldeia infestada de piranhas, “Menarca”, de Lillah Halla, foi selecionado para a Semana da Crítica do Festival de Cannes e conquistou o prêmio do público no festival Cinelatino de Toulouse (França).

 

O realizador Thiago Mendonça teve seu “Belos Carnavais” – que narra um acontecimento no mundo das escolas de samba paulistanas – programado no Festival de Oberhausen (Alemanha), um dos mais tradicionais eventos do circuito internacional de curtas-metragens. Produção maranhense vencedora do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, “Quanto Pesa”, de Breno Nina, focaliza o dia a dia de uma jovem que trabalha em uma peixaria e tem que lidar com suas emoções. Triplamente premiado no Fade to Black Festival, o baiano “5 Fitas”, de Heraldo de Deus e Vilma Carla Martins, se passa em meio a festa de Nosso Senhor do Bonfim, onde dois irmãos vivem suas aventuras. Selecionado para o Cineffable - Paris International Lesbian and Feminist Film Festival e premiado em vários eventos brasileiros, “Seremos Ouvidas”, de Larissa Nepomuceno Moreira, aborda as lutas e trajetórias de três integrantes do movimento feminista surdo.

 

Codirigido por Tatiana Lohmann (de “Solidão & Fé”), Roberta Estrela D'Alva (de “Slam: Voz de Levante”) e Claudia Schapira, “VIVXS!” registra um encontro de poetas de diferentes partes do mundo na região do porto carioca que mais recebeu escravizados na história da humanidade e foi selecionado para o Nova Frontier Film Festival (Nova York). Eleito como melhor filme no Kuala Lumpur Film Fest (Malásia) e selecionado para o importante Festival de Clermont-Ferrand (França), a produção do Distrito Federal “A Terra em que Pisar”, de Fáuston da Silva, tem como protagonista uma participante de ocupação irregular de terra pública. “Fotos Privadas”, de Marcelo Grabowsky, mostra o estranhamento de um casal com um terceiro corpo e foi selecionado para o festival LGBTQIA+ Outfest, de Los Angeles. Já “Ir e Vir” discute o “avesso do tempo” e tem direção de Christian Caselli (do longa “Rosemberg – Cinema, Colagem e Afetos”) e Florencia Santágelo. 

 

 

Mostra Latino-Americana

 

Mostra Latino-Americana deste ano programou 16 títulos, representando a Argentina, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, México e Uruguai. Entre os destaques está a coprodução Chile/Espanha “Correspondência”. Vencedora do Festival de Mar del Plata, a obra é uma correspondência visual entre as cineastas Carla Simón e Dominga Sotomayor que, através de pequenos relatos de suas vidas, trocam reflexões sobre cinema, família, heranças e maternidade. Carla Simón é diretora do longa “Verão 1993”, premiado no Festival de Berlim, enquanto que Dominga Sotomayor foi a primeira mulher a vencer o prêmio de melhor direção no Festival de Locarno, com o longa “Tarde para Morrer Jovem”. Também chileno é “Quem Diz Pátria Diz Morte”, de Sebastián Quiroz, premiado no Festival de Toulouse. O filme é uma radiografia precisa e original dos recentes distúrbios políticos e sociais no Chile.

 

Com estreia mundial no mais recente Festival de Berlim, o mexicano “A Felicidade do Motociclista Não Cabe em Sua Roupa”, de Gabriel Herrera, explora, através de uma narrativa experimental e provocadora, a devoção à motocicleta em terras mexicanas. A produção argentina “Muralha da China” focaliza um tenso momento familiar que se transforma em uma peculiar conversa existencialista sobre a morte. Dirigido por Santiago Barzi e selecionado para a seção Cinéfondation do Festival de Cannes, o filme é um bom exemplo do fino e sutil humor argentino. O cubano “Hora Azul”, de Zoe Miranda, focaliza um inesperado encontro em um hospital: ele está lá para fazer exame de próstata, ela à espera do corpo de seu falecido marido. O uruguaio “Blanes Esquina Müller”, de Nicolás Botana, focaliza um rapaz que recebe a visita de uma versão futura de si mesmo. A obra foi vencedora de curtas-metragens do Bafici-Buenos Aires e premiada no Indie Short Fest, de Los Angeles.

 

Produção da Colômbia, em parceria com a Costa Rica e Brasil, “Adentro” reúne seis episódios dirigidos por algumas das vozes mais relevantes do atual cinema latino-americano: os colombianos Jorge Forero (do longa “Violência”), a costarriquenha Alexandra Latishev (de “Medea”), a equatoriana Gabriela Calvache (de “La Mala Noche”), o venezuelano Gustavo Rondón (de “La Familia”), o argentino Diego Lerman (de “Tão de Repente”) e o brasileiro Gustavo Vinagre (de “Vil, Má”).

 

Produção cubana dirigida por Damian Sainz Edwards e selecionada para o festival Cinélatino de Toulouse (França)“Os Indomados” se passa em uma floresta noturna na qual se escondem os terrores de seu protagonista: os espíritos e a homossexualidade de seu irmão. No mexicano “Água”, de Santiago Zermeño, um remador adolescente pensa que seus encontros sexuais com outro homem foram descobertos por um colega do trabalho e vai confrontá-lo, com resultados inesperados. Selecionado para o badalado Festival de Sundance, o também mexicano “O Sonho Mais Longo de Que Me Lembro”, de Carlos Lenin, aborda as atrocidades cometidas pelo crime organizado no país e suas consequências na vida de uma jovem. “A Montanha Lembra”, coprodução Argentina/México dirigida por Delfina Carlota Vazquez, focaliza os habitantes da região do vulcão mexicano ativo Popocatepetl que são guardiões das relíquias mesoamericanas encontradas nas bases da colina e foi vencedor da competição internacional de curtas-metragens do É Tudo Verdade – Festival Internacional de Documentários.

 

 

Mostra Internacional

 

Mostra Internacional do reúne este ano 38 filmes, produzidos em 25 países. Um dos destaques da programação é Estrasburgo 1518”, do premiado diretor inglês Jonathan Glazer, conhecido por videoclipes e pelo longa-metragem “Sob a Pele” (2013, estrelado por Scarlett Johansson). No curta, ele faz referência a um acontecimento inusitado ocorrido na França no século 16, quando houve uma “epidemia” de dança. Focalizando um homem dedica todo o seu tempo ao clube de seu bairro e sobrevive com pequenos expedientes, “Estrela Vermelha” traz a assinatura do badalado diretor e ator francês Yohan Manca, que participou do Festival de Cannes 2021 com seu primeiro longa-metragem “Mes Frères et Moi”. Selecionado para o tradicional Festival de Oberhausen, a produção alemã “Fantasia do Desastre” faz uma sensível e nostálgica abordagem para o 20° “aniversário” da tragédia do 11 de setembro de 2001. Seus diretores, Christoph Girardet e Matthias Müller, abordam a onipresença das torres gêmeas do World Trade Center no cinema norte-americano e no imaginário da população.

 

A produção da Eslovênia “Irmãs”, de Katarina Rešek, venceu o grand prix internacional no Festival de Clermont-Ferrand, na França, considerado o mais importante evento voltado ao filme curto.  No enredo do filme, um grupo de amigas, virgens por juramento, envolvem-se em uma briga com garotos locais. Outro vencedor em Clermont-Ferrand, onde foi premiado como a melhor animação internacional, “A Arte no Sangue”de Joanna Quinn, mostra como a obsessão está no DNA de uma família.

 

Um covil de caçadores e uma casa abandonada habitada por morcegos são o cenário de reflexões sobre a ligação entre a exploração humana do mundo natural em “Hospedeiros Naturais”, produção do Reino Unido, assinada pelo artista visual e cineasta Nick Jordan, nome reconhecido em exposições internacionais e festivais de cinema. Premiado no prestigioso Festival de Locarno, Viagem ao Paraíso”, produção do Vietnã dirigida por Linh Duong, focaliza uma viagem de ônibus peculiar ao Delta do Rio Mekong na qual uma senhora esbarra com seu namorado do colégio. “Passagem”, curta alemão dirigido por Ann Oren laureado no Festival Slamdance como melhor curta experimental, evoca as primeiras experiências de Eadweard Muybridge (1830-1904), fotógrafo inglês conhecido por seus experimentos com o uso de múltiplas câmeras para captar o movimento com cavalos.

 

Produção de Portugal selecionada para o Festival de Cannes, “O Cordeiro de Deus”, de David Pinheiro Vincente, traça um sensual e violento retrato de uma família em meio às festividades de verão de uma pequena localidade do país. Também exibido em Cannes, dentro da Semana da Crítica, “Dustin”, de Naïla Guiguet, se passa em um galpão abandonado, onde dança, em meio à multidão, um jovem trans. Vencedor do Festival de Toronto e de mais de 15 prêmios em eventos internacionais, “Dustin”, de Naïla Guiguet, acompanha a noitada de uma jovem trans e de seu grupo de amigos.

 

Outros títulos premiados da programação internacional incluem o melhor curta internacional do Festival de Annecy “Casca” (de Samuel Patthey e Silvain Monney, Suíça); e dois outros laureados na edição deste ano do importante Festival de Clermont-Ferrand: “Nadador” (de Jonatan Etzler, Suécia), ganhador do prêmio de melhor comédia, e “Ônibus Noturno” (de Joe Hsieh, Taiwan), menção especial do júri da competição Labo. 

 

O continente africano é representado por três filmes que desafiam o obscurantismo. “Chega Para Lá”, produção de Ruanda dirigida por Inès Girihirwe, mostra uma mulher que decide mudar o curso de sua vida, buscando aventura na casa da vizinha. No curta sul-africano “O Paraíso Desce à Terra”, de Tebogo Maebogo, um rapaz se descobre atraído pelo amigo e deve lidar com sua emoções. Rodado no Marrocos, o francês “A Canção do Pecado”, de Khalid Maadour conta, por sua vez, a resistência de um casal de músicos à violência religiosa. 

 

 

Projeções Especiais

 

20 Anos de Oficinas Kinoforum

Celebrando os 20 anos de atividades das Oficinas Kinoforum de Realização Audiovisual, voltadas a despertar o interesse no fazer cinematográfico em jovens de comunidades e das periferias da cidade de São Paulo, a programação exibe em pré-estreia “Sobre Olhares – Oficinas Kinoforum”.

 

A produção, dirigida por Christian Saghaard e Zita Carvalhosa, reúne trabalhos de destaque realizados  por alunos das oficinas desde 2001. Entre as temáticas estão questões presentes no cotidiano desses jovens, como a falta de perspectiva de trabalho, a presença do racismo estrutural, o direito à moradia e a falta de saneamento básico, homofobia e transfobia. Estão presentes ainda depoimentos dos alunos, relatando a importância de ter participado do projeto em suas carreiras profissionais.

 

As oficinas são de responsabilidade da Associação Kinoforum, entidade que realiza o Festival Internacional de Curtas Metragens de São Paulo – Curta Kinoforum, entre outros eventos. 

 

40 Anos Sem Glauber Rocha

Um dos mais importantes diretores do cinema brasileiro, Glauber Rocha é homenageado no Festival Internacional de Curtas Metragens de São Paulo – Curta Kinoforum com a exibição de “Di Cavalcanti Di Glauber” (1976, 17 minutos), em uma parceria com o Centro Técnico do Audiovisual – CTAv da Secretaria Nacional do Audiovisual. Presente nas listas dos mais importantes títulos nacionais de todos os tempos e vencedor de prêmio especial do júri no Festival de Cannes de 1977, o curta é considerado uma das mais inventivas obras do cineasta. Sua exibição especial acontece em 22 de agosto, data de falecimento, em 1981, do realizador.

 

Trata-se de uma homenagem a Emiliano Di Cavalcanti (1897-1976), nascida do ímpeto de registrar o velório do pintor. Estão encadeados por uma montagem denominada pelo realizador como “nuclear”, recortes de imagens, participações de Joel Barcelos, Marina Montini e Antonio Pitanga, músicas de Paulinho da Viola, Lamartine Babo, Villa-Lobos e Pixinguinha, trechos de poema de Vinícius de Moraes e até gritos do diretor. O resultado, polêmico, levou à interdição judicial da exibição do curta no Brasil a partir de 1979 – que posteriormente revelou-se sem fundamentos jurídicos.

 

100 Anos de Chris Marker

Em homenagem aos 100 anos de nascimento do cineasta francês Chris Marker (1921-2012), celebrados em 29 de julho, o Festival Internacional de Curtas Metragens de São Paulo – Curta Kinoforum, em parceria com o Consulado Geral da França, promove a exibição especial, em 24/08, do clássico “La Jetée” (1962, 28 min). Considerado um marco do movimento da Nouvelle Vague, o curta-metragem é inspiração para toda uma produção de fotofilmes a partir da década de 1960 e foi base para o enredo do longa-metragem norte-americano de sucesso “Os 12 Macacos”, estrelado por Bruce Willis e Brad Pitt. Seu roteiro se passa em um futuro pós-apocaliptico, quando um homem é assombrado por uma lembrança de infância que se revelará desastrosa.

 

Chris Marker assinou, a partir de 1952, mais de 60 títulos. Incorporou realizações em vídeo e em CD-Rom, instalações multimídia e projetos pela internet. Pouco se conhece de sua biografia, pois sempre foi pouco afeito a entrevistas e a ser fotografado, o que certamente contribuiu para a mística e as brincadeiras dos amigos. Seu colega Alain Resnais (1922-2014) afirmou certa vez: "Existe uma teoria que circula, e com um certo fundamento, segundo a qual Chris Marker seria um extraterrestre. Ele tem aparência humana, mas a verdade é que vem do futuro ou de um outro planeta."

 

La Jetée’ e Seu Impacto na Construção de Narrativas” é o tema que o festival promove em 24/08, às 17h00. Nele estão reunidos o cineasta brasileiro Kleber Mendonça Filho (de “Bacurau”) e o francês Bernard Payen, programador da Cinemateca Francesa.

 

Já o programa especial “’La Jetée’ e o Curta Brasileiro” apresenta seis obras realizadas no Brasil a partir da década de 1990. Assinadas por Kleber Mendonça Filho (“Vinil Verde”), Paulo Sacramento (“Juvenília”) e Fernanda Ramos” (“Jugular”), entre outros cineastas, elas enfrentaram o desfio de criar uma dramaturgia utilizando exclusivamente imagens fixas e edição de som, sem o sistema tradicional de registro fílmico contínuo.

 

 

Mostra Limite

 

Seção dedicada à experimentação e reinvenção, a Mostra Limite se propõe a criar pontes estéticas e semânticas entre curtas-metragens realizados em diferentes partes do mundo. Este ano, estão programados 15 filmes, representando 11 países. Vencedor do prêmio de melhor animação experimental no Festival de Annecy, o australiano “Mimoides Reativos”, de Vladimir Todorovic, é uma homenagem bem-humorada a “Solaris”, de Stanislaw Lem, livro clássico de ficção científica que inspirou dois longas-metragens de mesmo título (dirigidos por Andrei Tarkovski, em 1972, e por Steven Soderbergh, em 2002).

 

Já a produção dos Estados Unidos “Son Chant” é assinada pela diretora franco-brasileira Vivian Ostrovsky e traz um relato da colaboração artística entre a cineasta belga Chantal Akerman (1950-2015) e Sonia Wieder-Atherton, a violoncelista que trabalhou na música de 20 de seus filmes. Através de trechos de filmes, imagens de arquivo e do próprio acervo de Ostrosky, o curta constitui uma homenagem afetiva ao som no cinema. O brasileiro “Vagalumes”, de Léo Bittencourt, revela o lado noturno dos jardins de Roberto Burle Marx, habitados por frequentadores enquanto a cidade do Rio de Janeiro adormece. “Utopia 360”, de Violena Isabel Ampudia Rodriguez, reúne, sem uma ordem lógica, o passado e o futuro de Cuba através de dois jogadores, que testam um jogo de realidade virtual que não está funcionando bem.

 

“Alexander Mosolov. Três Peças”, coprodução Rússia/Bielorússia assinada por Natalia Ryss, é dedicado ao período construtivista de Alexander Mosolov (1900-1973), importante compositor do início da era soviética. O austríaco “Todas as Paredes”, de Josef Dabernig, trata com ironia detalhes de decoração, arquitetura e cultura nativa da antiga Europa comunista, destacando os clichês sobre mulheres e empregados. “Dentro”, de Yann Chapotel, apresenta um mosaico de janelas, destacando momentos da vida cotidiana que formam um afresco coreográfico de gestos simples. O brasileiro “O Túmulo da Terra”, de Yhuri Cruz, foi concebido como fábula expressionista preta e conta a origem da máscara de pedra Pretusi a partir da jornada de um homem sem rosto que é perseguido e atormentado por sua própria subjetividade encarnada em seus pares. Selecionado para eventos na Alemanha e Japão, “Rocha Matriz”, dos brasileiros Miro Soares e Gabriel Menotti, examinha a cadeia produtiva de mármore e granito a partir de uma consciência alienígena e traça conexões entre formas de trabalho cotidiano, o mercado global e o tempo profundo da Terra.

 


Mostra Infantojuvenil

 

Em 2021, a Mostra Infantojuvenil está dividida em tês programas, reunindo 22 filmes de dez países. São duas seções infantis e uma voltada ao público juvenil.

 

Mostra Infantil 1 – Planeta Criança tem como destaque o curta-metragem francês “Árvores Gêmeas”, de Emmanuel Ollivier, que mostra o encontro de dois irmãos com um papagaio e uma estátua caída. A produção foi contemplada com o prêmio do público no Festival de Curtas-Metragens de Paris o prêmio de melhor filme infantil no Festival Short to The Point de Bucareste, Romênia. Já o argentino “Bosquezinho”, de Paulina Muratore, acompanha o crescimento de uma garota e uma árvore – um dia, a floresta é inundada e a árvore ajuda a salvar sua vida. Já o filme russo “Passarinho”, de Marat Narimanov, conta a história de uma amizade entre um velho solitário e um passarinho indefeso e foi premiado em festivais na Macedônia, Turquia Croácia, Irã e Rússia.

 

Na Mostra Infantil 2 – Fazendo Cinema em Casa estão trabalhos audiovisuais realizados por crianças alunas de escolas públicas que participaram das Oficinas Kinoforum de Realização Audiovisual. São oito curtas-metragens focalizando meio ambiente, fauna brasileira, reciclagem e histórias do mundo animal. Com cinco minutos de duração cada, os filmes foram realizados em parceria com escolas públicas localizadas nos bairros de Campo Limpo e Cachoeirinha, na cidade de São Paulo.

 

Já a Mostra Juvenil – Jovens na Luta reúne seis títulos, com temáticas contemplando justiça, diversidade, direitos humanos, ciência e liberdade. “Quarto Com Vista”, uma superprodução do Ballet de Marseiile (França) dirigida por Brutti/Debrouwer/Harel (La)Horde, é um filme/espetáculo inspirado na ideia de como seria a última festa antes do apocalipse. O brasileiro “Ela Luta”, de Luiza Giuliani, trata com rara sensibilidade a chegada à puberdade de uma menina de dez anos. Premiado em festivais franceses, “Kaolin”, de Corentin Lemetayer Le Brize, tem como protagonista uma garota de 11 anos que tem como objetivo participar novamente do campeonato de motocross organizado por seu pai.

 

 

Programas Especiais + Atividades Paralelas

 

Mostra Amotara - Olhares das Mulheres Indígenas

 

Em parceria com a Mostra Amotara - Olhares das Mulheres Indígenas, a programação traz três sessões que reunem 13 títulos de destaque das edições deste evento criado em 2018. No programa Amotara 1 - Encontro de Saberes e Gerações está “Mandayaki e Takino”, de Ariato Juruna e Dadyma Juruna, sobre momentos da vida doméstica que podem nos demonstrar que existe futuro possível sendo indígena no Brasil. Já “Pará Reté”, de Patrícia Ferreira, focaliza o cotidiano de uma indígena guarani feito por sua filha.

 

Amotara 2 – Cosmopolíticas da Terra e da Luta exibe “Mensagem da Terra”, de Maria Pankararu e Sebastián Gerlic, um documentário sobre os sentimentos, as opiniões e as visões de quatro indígenas que refletem sobre a realidade local e global e provocam o público a repensar o que se entende hoje por “civilização” e seus rumos. “Levanta e Luta”, de Naine Terena, por sua vez, retrata o momento em que povos indígenas estiveram em Brasília em 2014, na luta contra a PEC 215. O programa Amotara 3 – O Sagrado e as Narrativas Originárias traz o ritual sobre o Grande Canto Kaiowá registrado no curta-metragem “Jeroky Gwasu – Grande Canto”, de Michele Perito Concianza Kaiowá. Baseado em uma história tradicional do povo Maxakali, “Mãtãnãg, A Encantada”, de Shawara Maxakali e Charles Bicalho, foi selecionado para festivais nos Estados Unidos, Espanha e Portugal.

 

Cinema das Mulheres Indígenas é o tema do encontro que acontece a abertura oficial do Festival Internacional de Curtas Metragens de São Paulo – Curta Kinoforum. Agendado para 17/08, terça-feira, às 17h00, em uma parceria com a Spcine, dele participam Joana Brandão, coordenadora da Mostra Amotara - Olhares das Mulheres Indígenas, e Graciela Guarani, cineasta e curadora. A apresentação é de Zita Carvalhosa, diretora do Curta Kinoforum.

 

 

Diálogos: André Novais Oliveira e Lincoln Péricles

 

André Novais Oliveira e Lincoln Péricles, dois expoentes do atual cinema periférico brasileiro se encontram no Festival Internacional de Curtas Metragens de São Paulo – Curta Kinoforum. Oliveira é morador de Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte; Péricles mora no bairro do Capão Redondo, periferia de São Paulo. A filmografia de ambos já soma duas dezenas de títulos, entre longas e curtas-metragens, em abordagens que retratam o cotidiano dos próprios cineastas e de pessoas de suas famílias e de suas localidades. São obras profundamente autorais, que não temem correr riscos – e cujo resultado original as levou ao Festival de Cannes e a ser citadas na prestigiosa revista Cahiers du Cinéma. 

 

De André Novais Oliveira estão programados “Domingo” (2011) e “Fantasmas” (2010), selecionado para festivais nos Estados Unidos, Suécia, Escócia e Portugal. Estão presentes ainda o seu mais recente trabalho, “Rua Ataléia” (2021), que focaliza uma família em uma noite sem energia elétrica, além de “Pouco Mais de Um Mês” (2013) e “Quintal” (2015), ambos selecionados para Quinzena dos Realizadores do Festival de Cannes.

 

Quatro títulos assinados por Lincoln Péricles ficam disponibilizados no evento. Em “Ruim é Ter Que Trabalhar” (2015), um operário reflete sobre seu trabalho, enquanto que “Aluguel: O Filme” (2015) aborda a falta de água na periferia paulistana. “Entrevista Com as Coisas” foi realizado a partir do núcleo de cinema autônomo na E.E. Pedro Alexandrino, no bairro de Vila Nova Mazzei, zona norte da cidade de São Paulo. Por sua vez, “Filme de Domingo” (2020) tem como protagonistas um tio babão, uma mãe zika e uma criança artista.

 

Em encontro, reunindo os dois cineastas, também intitulado Diálogos: André Novais Oliveira e Lincoln Péricles, está agendado para 20/08, sexta-feira, às 17h00. O evento tem apresentação de Francisco Cesar Filho, da equipe de programação da Kinoforum, ele próprio cineasta oriundo das periferias de São Paulo.

 

 

Vânia Debs: Uma Mulher de Cinema

Conexão USP-Kinoforum

 

A montadora e professora Vânia Debs (1950-2021) foi responsável pela montagem de longas-metragens como “Baile Perfumado”, “FilmeFobia”, “Nome Próprio” e “Alvorada”, entre outros. No Curso Superior do Audiovisual da Universidade de São Paulo, formou várias gerações de cineastas e montadores. O programa especial em sua homenagem, intitulado Vânia Debs: Uma Mulher de Cinema, exibe cinco curtas-metragens brasileiros que contaram com seu engenho e sua arte. “Verão” (1983) foi dirigido por Wilson Barros (1948-1992) e é baseado em texto do escritor argentino Julio Cortázar. Grande vencedora do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, a animação “A Garota das Telas” (1986), de Cao Hamburger, revisita diversos gêneros e estilos cinematográficos. Dirigido por Lirio Ferreira, “O Crime da Imagem” (1992) revela como Antônio Conselheiro tornou-se ao mesmo tempo um líder político-místico-religioso, andarilho dos sertões e aliciador das massas sertanejas à revolução agrária. Já “Clandestina Felicidade” (1998), de Marcelo Gomes e Beto Normal, ficcionaliza fragmentos de infância e descoberta do mundo pela escritora Clarice Lispector (1920-1977). “Morte.” (2002), de José Roberto Torero, é protagonizado por Paulo José e Laura Cardoso e mostra um casal que se prepara para a sua última “grande viagem”.

 

Vânia Debs: Uma Mulher de Cinema é também o título da mesa de debates que acontece em 21/08, sábado, às 15h00, com participações da montadora Idê Lacreta e dos cineastas Paulo Caldas e Vera Egito, com apresentação a cargo do professor da ECA-USP Eduardo Santos Mendes. Trata-se da primeira de uma série de três mesas que compõem o seminário internacional Conexão USP-Kinoforum, organizado pelo segundo ano consecutivo em uma parceria entre o Departamento de Cinema, Rádio e Televisão da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, a Associação Cultural Kinoforum e o Museu da Imagem e do Som de São Paulo. A iniciativa tem curadoria de Almir Almas (USP), Esther Hamburger (USP, SCEDI/CILECT) e Eduardo Santos Mendes (USP, CIBA/CILECT).

 

Público Midiático – Como Interferir?, a segunda mesa do seminário acontece em 23/08, segunda-feira, às 15h00. Participa o filósofo e professor da USP Pablo Ortellado e João Cezar de Castro Rocha, pesquisador e professor da UERJ - Universidade do Estado do Rio de Janeiro, com apresentação de Esther Hamburger, professora da USP.

 

Conexão USP-Kinoforum se encerra em 25/08, quarta-feira, às 11h00, quando ocorre a mesa Produções das Escolas de Cinema e Audiovisual Durante a Pandemia. Dela participam Jasmin Tenucci (Columbia University, EUA), Moira Toledo (FAAP, Brasil), Theodore Life (Emerson College, EUA) e Alfredo Loaeza (Centro de Capacitación Cinematográfica, México), com apresentação de Almir Almas (USP, Brasil).

 

 

 

Christian Petzold e a Escola de Berlim

 

Classificada pela crítica cinematográfica como Escola de Berlim, uma série de filmes alemães mergulhou nos anos 1990 no registro de uma sociedade em transição, vista a partir da perspectiva da Alemanha Ocidental. Entre os cineastas desse movimento destaca-se Christian Petzold, que, ao longo de sua filmografia, abordou os processos de transformação da Alemanha com a reunificação e a adoção de políticas neoliberais de austeridade, assim como o esvaziamento dos espaços após a reestruturação econômica do país anteriormente dividido. O programa especial Christian Petzold e a Escola de Berlim exibe três produções do início da carreira do diretor, que já trazem os primeiros elementos de investigação que o tornariam um expoente do cinema alemão contemporâneo.

 

Entre os filmes em exibição está “Süden” (1989), no qual Christian Petzold olha com curiosidade o que pode uma casa de férias, um barracão ou uma ruína, entre outros itens da paisagem urbana. Já “Östwarts” (1990) se passa logo após a reunificação alemã, quando três moradores de uma região calma da cidade de Berlim conversam sobre seus planos e tentativas de um recomeço econômico em meio às mudanças trazidas pela queda do Muro de Berlim. Em “Das warme Geld” (1992) duas amigas que aspiram a um estilo de vida deslumbrante, mas não têm recursos para isso.

 

A programação, feita em parceria com o Goethe-Institut, promove ainda um encontro, também intitulado Christian Petzold e a Escola de Berlim, que acontece em 21/08, sábado, às 17h00. O evento conta com participação de David Ken Terao, autor da tese O Melodrama Fantasma de Christian Petzold”, e tem apresentação de Marcio Miranda Perez, da equipe de programação do Curta Kinoforum.

 

 

Música e Modo de Viver dos Guaranis

 

O programa Música e Modo de Viver dos Guaranis apresenta curtas-metragens com cantos sagrados da etnia indígena Guarani. São ritmos, danças e vozes que são entoados em um timbre único, compondo um mosaico do que é e de como se insere a atividade musical no dia a dia das cinco aldeias reunidas pelo projeto. A coordenação musical do o projeto é dos compositores Livio Tragtenberg e Emerson Boy, com captação de som de Téo Ponciano.

 

Com concepção de Emerson Boy e direção de Christian Saghaard, os quatro títulos apresentados são “Nhandereko Aldeia Nhamandu Mirim de Peruíbe-SP”“Nhandereko Aldeia Paranaouã de São Vicente-SP”“Nhandereko Aldeia Takuari-Ty de Cananéia-SP” e “Nhandereko Aldeia Pyau de Jaraguá-SP”.

 

Um encontro intitulado Sonoridades dos Povos Originários e Cultura Guarani está agendado para 22/08, domingo, às 17h00. Trata-se de uma parceria do festival com o Sesc que conta com a participação do cacique Ronildo Werá Mirim e dos compositores Livio Tragtenberg e Emerson Boy. A apresentação é de Laura Rachid, editora na Revista Educação, e de Christian Saghaard, da equipe de programação do Curta Kinoforum.

 

 

Experimenta: Duo Strangloscope

 

Integrado por Cláudia Cárdenas e Rafael Schilchting e radicado em Florianópolis, o Duo Strangloscope produz obras audiovisuais voltadas para a experimentação, pesquisando movimento, ritmo e composição com imagens e sons. Segunda a dupla, o aspecto experimental de sua criação pode residir desde o modo como utilizam novas e diferentes formas de trabalhar com a câmera, utilizando diferentes tipos de iluminação, e efeitos de áudio, com performance ou atuação.  O programa especial exibe seis curtas-metragens: “Parking Area” (Estados Unidos, 2014); “Nuclear Emulsion” (Brasil-SC, 2013), sobre interseções entre natureza, pintura, fotografia e cinema; “[Antikapitalistischen]” (Alemanha, 2015); “No Justice No Peace!” (Brasil-SC, 2021), um ensaio sobre os efeitos do acúmulo de imagens de violência que nos chega durante a pandemia; “Movimento” (Brasil-SC, 2018), uma espécie de balé corpóreo no qual as imagens jogam com os movimentos de contra-ataque; e “Sólo un Poco Aquí” (México, 2018).

 

Programado para 23/08, segunda-feira, às 17h00, o encontro, também intitulado Experimenta: Duo Strangloscope, tem participação de Cláudia Cárdenas e Rafael Schilchting, com apresentação de Anne Fryszman, da equipe de programação do Curta Kinoforum.

 

 

Cine Social Club

 

Diante da carência de salas de cinema, materiais e projetos que promovam o contato com o mundo do audiovisual na Cidade Tiradentes – maior complexo habitacional da América Latina, distrito da Zona Leste de São Paulo com aproximadamente 211.501 mil habitantes (segundo o Censo 2010) – um grupo de moradores criaram em 2018 o Cine Social Club. O objetivo é o de fomentar diálogos sobre questões sociais, raciais e de gênero por meio da exibição de obras cinematográficas que suscitam debates sobre a realidade dos moradores do território. Exemplares do espírito do projeto, os quatro títulos do programa especial Cine Social Club foram especialmente pensados por sua curadoria para o Festival Internacional de Curtas Metragens de São Paulo – Curta Kinoforum.

 

 “Ce Qué Mentir pra Preta Velha?” (2020), de Ellen Rio Branco e Lua Lucas, focaliza a história de mulheres pretas que fundaram, “a partir do barro”, o bairro de Cidade Tiradente, enquanto “Daria Um Filme” (2018), assinado por Marginalia, acompanha um dia comum na vida do protagonista, que passa por diversas situações, de acordo com a letra de "Negro Drama", do grupo Racionais MC's.

 

Produção das Oficinas Kinoforum de Realização Audiovisual, “Defina-se” (2002), de Kelly Regina Alvez, Claúdio N. de Souza e Daniel M. Hilário, é um manifesto audiovisual sobre a trajetória dos negros no Brasil, da senzala à periferia da cidade grande. “Cidade Tiradentes – Uma Cidade Chamada Tiradentes” (2006), de Lilian Solá Santiago, é um documentário que traça um panorama do Distrito de Cidade Tiradentes e seus habitantes, acompanhando desde a aquisição de terras pelo poder público a partir da década de 1970, até a ocupação do que hoje é um dos maiores conjuntos habitacionais da América Latina.

 

Um encontro, também intitulado Cine Social Club, acontece em 25/08, quarta-feira, às 17h00. Na ocasião reunem-se Filipe Barbosa e Douglas Santos, fundadores do projeto. A apresentação é de Vania Silva, da equipe Kinoforum.

 

 

Nocturnu – Cine Fantástico e de Horror

Selecionados entre os títulos inscritos para o Festival Internacional de Curtas Metragens de São Paulo – Curta Kinoforum, o programa especial Nocturnu – Cine Fantástico e de Horror reúne cinco filmes com dialogam com esses gêneros. Em “Inerente”, coprodução Dinamarca/Reino Unido dirigida por Nicolai G. H. Johansen, o horror gótico encontra romance adolescente na história de uma garota aparentemente solitária que vive em uma fazenda abandonada onde vive. O israelense “Enquanto Ficamos em Casa”, de Gil Vesely, se passa durante a quarentena de coronavírus. Um jovem encontra uma jovem nas ruas vazias de Tel-Aviv. Flertar é difícil, já que ambos escondem um segredo sob a máscara.

 

O australiano “O Moogai”, de Jon Bell, transita pelo horror psicológico ao focalizar uma família aborígene que é aterrorizada por um espírito que rouba crianças. Já no brasileiro “Azulscuro”, de Evandro Caixeta e João Gilberto Versiani, a protagonista de depara de evidências sobre a misteriosa morte de sua irmã, enquanto entidades demoníacas espreitam na escuridão. Passado no interior do Brasil no século 19, Antônia”, de Flávio Carnielli, acompanha um casal de idosos que, após perder filha e neta, decide abandonar suas crenças e tomar uma medida drástica contra o que consideram uma injustiça divina.

 

 

Kinolab Tela Digital - Destaques

Organizado pela Associação Kinoforum, o Festival de Cultura Online Kinolab Tela Digital aconteceu no primeiro semestre de 2021 e promoveu, por meio da exibição de curtas-metragens brasileiros e da realização de webinars, uma discussão sobre temas relacionados à economia criativa no setor audiovisual. Os destaques desta primeira edição do evento presentes no programa especial Kinolab Tela Digital – Destaques foram realizados principalmente por pessoas de comunidades periféricas, pequenas cidades do interior e aldeias indígenas.  

 

“Inês”, de Ricardo Vaz Martins, mereceu menção honrosa no Festival de Cultura Online Kinolab Tela Digital ao focalizar um homem confinado em seu apartamento por causa da pandemia da Covid-19 que vê seus vizinhos sumirem misteriosamente. “Dois”, de Guilherme Jardim e Vinícius Fockiss, e “25 Anos Sem Asfalto”, de Fabiola Andrade e Rodrigo Dantas Bastos, foram vencedores de dois dos três prêmios principais do evento. No primeiro, dois rapazes buscam aproximação afetiva durante o período de distanciamento social. O segundo curta-metragem é protagonizado por uma jovem mãe que se empenha para garantir ao filho um futuro melhor do que uma vida confinada na periferia paulistana.

 

Uma terceira premiação, concedido a uma iniciativa, contemplou a Mostra Amotara - Olhares das Mulheres Indígenas, aqui representada por “Equilíbrio”, de Olinda Muniz Silva Wanderley. No filme, o discurso de uma entidade espiritual indígena norteia a discussão quanto à relação destrutiva da civilização com o único planeta conhecido que tem suporte para a vida.

 

 

Noite de Kino

Acontece em 24/08, terça-feira, às 20h00, nova edição da Noite de Kino, quando é apresentado o resultado da tradicional gincana audiovisual promovida pelo Festival Internacional de Curtas Metragens de São Paulo – Curta Kinoforum. Com participação de grupos de estudantes de escolas, a atividade propõe que em um período limitado de tempo, os realizadores roteirizem, produzam e exibam curtas-metragens.

 

 

Curta & Mercado – Plataformas de Streaming

O encontro Curta & Mercado – Plataformas de Streaming, agendado para 26/08, quinta-feira, às 14h00, reúne representantes das plataformas digitais de streaming para discutir a disponibilização de filmes curtos nesse modelo de negócio. Participam representantes das plataformas Tamanduá, Sesc Digital, Spcine Play, Cardume, MUBI, PlayKids e Belas Artes À La Carte, entre outras, com apresentação de Zita Carvalhosa, diretora do Festival Internacional de Curtas Metragens de São Paulo - Curta Kinoforum. A atividade é uma parceria com a plataforma Cardume.



Crítica Curta

Em 27/08, sexta-feira, às 11h00, acontece o encontro Crítica Curta, para um balanço da edição deste ano dessa oficina voltada a estudantes que tem o objetivo de promover a reflexão em torno da produção audiovisual latino-americana no formato de curta-metragem. Os participantes exercitam a produção e difusão de textos durante a realização do festival. O projeto tem coordenação do repórter e crítico de cinema Thiago Stivaletti, um dos responsáveis pelo podcast Plano Geral, sobre cinema e streaming.

 

 

PROGRAMAÇÃO

 

17/08, terça-feira

* 17h00 - Cinema das Mulheres Indígenas”, encontro com Joana Brandão, Graciela Guarani e Zita Carvalhosa (apresentação)

 

 

19/08, quinta-feira

* 19h00 – disponibilização dos programas (por 24 horas)

Mostra Brasil 1 – Estamos Vivos!

Mostra Internacional 1 – Só Pensam Naquilo

Mostra Latino-Americana 1 – Encontros Insólitos

Mostra Infantil 1 – Planeta Criança

Mostra Limite 1 – Retina

Mostra Amotara 1 – Encontro de Saberes e Gerações

 

20h00 - cerimônia de abertura

 

 

20/08, sexta-feira

* 17h00 – Diálogos: André Novais Oliveira e Lincoln Péricles, encontro com André Novais Oliveira e Lincoln Péricles, com apresentação de Francisco Cesar Filho

 

* 19h00 – disponibilização dos programas (por 24 horas)

Mostra Brasil 2 – Pé no Chão

Mostra Internacional 2 – Surto

Exibições Especiais : 20 Anos de Oficinas Kinoforum

Diálogos: André Novais Oliveira e Lincoln Péricles

Nocturnu – Cine Fantástico e de Horror

 

 

21/08, sábado

* 15h00 – Conexão USP-Kinoforum – Vânia Debs: Uma Mulher de Cinema, encontro com Idê Lacreta, Paulo Caldas, Vera Egito, com apresentação de Eduardo Santos Mendes

 

* 17h00 – Christian Petzold e a Escola de Berlim”, encontro com David Ken Terao, com apresentação de Marcio Miranda Perez

 

* 19h00 – disponibilização dos programas (por 24 horas)

Mostra Brasil 3 – Perplexidade

Mostra Internacional 3 – Encosto

Mostra Latino-Americana 2 – É Preciso Estar Atento e Forte

Mostra Infantil 2 – Fazendo Cinema em Casa

Christian Petzold e a Escola de Berlim

Vânia Debs: Uma Mulher de Cinema

 

 

22/08, domingo

* 17h00 – Sonoridades dos Povos Originários e Cultura Guarani”, encontro com Livio Tragtenberg, Emerson Boy e Ronildo Werá Mirim, com apresentação de Christian Saghaard e Laura Rachid

 

* 19h00 – disponibilização dos programas (por 24 horas)

Mostra Brasil 4 – Vozes

Mostra Internacional 4 – Baião de Dois

Mostra Internacional 5 – Alhos e Bugalhos

Mostra Competitiva Brasileira 1

Mostra Limite 2 – Sedimentos

Música e Modo de Viver dos Guaranis

Exibições Especiais: “Di Cavalcanti Di Glauber

 

 

23/08, segunda-feira

* 15h00 – Conexão USP-Kinoforum – Público Midiático – Como Interferir?, encontro com Pablo Ortellado e João Cezar de Castro Rocha, com apresentação de Esther Hamburger

 

* 17h00 – Experimenta – Duo Strangloscope”, encontro com Rafael  Schilchting e Cláudia Cárdenas, com apresentação de Anne Fryszman

 

* 19h00 – disponibilização dos programas (por 24 horas)

Mostra Brasil 5 – Um Certo Olhar

Mostra Internacional 6 – Convulsão

Mostra Latino-Americana 3 – Alegorias e Adereços

Mostra Competitiva Brasileira 2

Mostra Amotara 2 – Cosmopolíticas da Terra e da Luta

Experimenta: Duo Strangloscope

Exibições Especiais: “La Jetée

 

 

24/08, terça-feira

* 17h00 – La Jetée’ e Seu Impacto na Construção de Narrativas”, encontro com Kleber Mendonça Filho e Bernard Payen, com apresentação de Beth Sá Freire

 

* 19h00 – disponibilização dos programas (por 24 horas)

Mostra Brasil 6 – Reflexões Cinéfilas

Mostra Internacional 7 – Chá de Boldo

Mostra Brasil 7 – Na Calada da Noite

Mostra Competitiva Brasileira 3

Mostra Juvenil – Jovens na Luta

La Jetée e o Curta Brasileiro

 

* 20h00

Noite de Kino

 

 

25/08, quarta-feira

* 11h00 – Conexão USP-Kinoforum – Produções das Escolas de Cinema e Audiovisual Durante a Pandemia, encontro com Jasmin Tenucci, Moira Toledo, Theodore Life e Alfredo Loaeza, com apresentação de Almir Almas


* 17h00 – Cine Social Club”, encontro com Filipe Barbosa e Douglas Santos, com apresentação de Vania Silva

 

* 19h00 – disponibilização dos programas (por 24 horas)

Mostra Limite 3 – Sinfonia

Mostra Internacional 8 – Aleluia

Mostra Latino-Americana 4 – A Persistência da Memória

Cine Social Club

Kinolab Tela Digital - Destaques

Mostra Amotara 3 – O Sagrado e as Narrativas Originárias

 

 

26/08, quinta-feira

* 14h00 – Curta & Mercado – Plataformas de Streaming”, encontro com representantes das plataformas digitais de streaming Sesc Digital, Spcine Play, MUBI, PlayKids e Belas Artes À La Carte, entre outras, com apresentação de Zita Carvalhosa

 

* 19h00 – disponibilização de todos os programas (até o final do festival)

 

 

27/08, sexta-feira

* 11h00 – “Crítica Curta”, encontro Thiago Stivaletti, e alunos participoantes da oficina Crítica Curta

 

 

28/08, sábado

* 20h00 – cerimônia de premiação

 

* 21h00 – disponibilização dos filmes premiados e destaques (até o final do festival)

 

 

 

PROGRAMAÇÃO ESPECIAL EM PLATAFORMAS PARCEIRAS

 

20 a 29/08

*** Sesc Digital

“25 Anos Sem Asfalto” (Brasil-SP, 2021, 15 min) - Fabiola Andrade e Rodrigo Dantas Bastos

“Casca” (Suíça, 2020, 15 min) - Samuel Patthey e Silvain Monney

“Dinheiro” (Brasil-MG), 2021, 4 min) - Arthur B. Senra e Sávio Leite

“Ela Luta” (Brasil-SP, 2020, 15 min) - Luiza Giuliani

“Fantasia do Desastre” (Alemanha, 2021, 17 min) - Christoph Girardet e Matthias Müller

“Nervo Errante” (Brasil-SP, 2021, 13 min) - Bruno Badain

“Pandelivery” (Brasil-SP, 2021, 15 min) - Guimel Salgado e Antonio Silva Matos

“Primeiro Carnaval” (Brasil-SP, 2021, 5 min) - Alan Medina

“Quem Diz Pátria Diz Morte” (Chile, 2020, 16 min) - Sebastián Quiroz

“Só Mais Um Dia” (Brasil-SP, 2020, 8 min) - Bella Gomes .

“Son Chant” (Estados Unidos, 2020, 13 min) - Vivian Ostrovsky

“Tio” (México, 2021, 13 min) - Juan Medina

 

20 a 29/08

*** Tamanduá TV

Mostra Competitiva Brasileira 1

Mostra Competitiva Brasileira 2

Mostra Competitiva Brasileira 3

 

23/08 a 20/11

*** Spcine Play

“Blanes Esquina Müller” (Uruguai, 2021, 15 min) - Nicolás Botana

“Bosquezinho” (Argentina, 2020, 8 min) - Paulina Muratore

“Carta ao Magrão” (Brasil-RJ, 2021, 11 min) - Pedro Asbeg

“Chega Para Lá” (Ruanda, 2020, 13 min) - Inès Girihirwe

“Dentro” (França, 2020, 6 min) - Yann Chapotel

“Depois de Dezembro” (Bélgica, 2020, 20 min) - François Pirotte

“Do.Solo.Pin” (Estados Unidos, 2021, 11 min) - Javad Atefeh

“Foi Um Tempo de Poesia” (Brasil-CE, 2021, 13 min) - Petrus Cariry

“Hoje Tá Tudo Bem” (Polônia/França, 2020, 5 min) - Svitlana Topor

“Janelas Daqui” (Brasil-RJ, 2020, 15 min) - Luciano Vidigal e Arthur Sherman

“Monumento ao Wi-fi” (Brasil-SP, 2020, 14 min) - Gustavo Vinagre

“Nova Pasta. Antigo Baú” (Brasil-SP, 2021, 18 min) - Sylvio Lanna

“O Babado de Toinha” (Brasil-RJ, 2020, 13 min) - Sérgio Bloch

 

 

 

Serviço:

32º FESTIVAL INTERNACIONAL DE CURTAS-METRAGENS DE SÃO PAULO - CURTA KINOFORUM

19 a 29 de agosto de 2021,

gratuito e online, com acesso pelo endereço www.kinoforum.org

 

ProAC Expresso Lei Aldir Blanc

Patrocínio: Spcine e Prefeitura Municipal de São Paulo

Realização: Associação Cultural Kinoforum, Sesc e Museu da Imagem e do Som

Correalização: Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, Ministério do Turismo e Governo Federal.

 

Atendimento à Imprensa:

ATTi Comunicação e Ideias 

Eliz Ferreira e Valéria Blanco (11) 3729.1455 / 3729.1456 / 9 9105.0441

 

 

DADOS SOBRE OS FILMES


MOSTRA COMPETITIVA BRASILEIRA

 

Mostra Competitiva Brasileira 1

22/08, às 19h00 (por 24 horas)

26/08, às 19h00 (até o final do festival)

 

4 Bilhões de Infinitos” (Brasil-MG, 2020, 15 min) - Marco Antonio Pereira

Brasil. 2020. Depois da morte do pai, uma família vive com a energia cortada. Enquanto a mãe trabalha, seus filhos ficam em casa fabulando sobre uma tela em branco na qual não há tanta esperança.

 

* “Belos Carnavais” (Brasil-SP/Bósnia e Herzegovina, 2020, 16 min) - Thiago Mendonça

Dadinho, um velho sambista da Camisa Verde e Branco, é levado por sua neta ao enterro de seu irmão, sambista da Vai-Vai. Nesse percurso, uma história de rivalidade, samba e traição emerge do passado.

 

Olhos Livres (Brasil-SP, 2021, 15 min) - Fábio Rogério

Carlos Oscar Reichenbach Filho. Ou simplesmente, Carlão. Um cineasta brasileiro. Sexo, cinema, política. Transgressão e afeto, revolução e intimismo. Desejo e utopia. O cinema e o mundo visto com olhos livres.

 

Acesso” (Brasil-SP, 2021, 18 min) - Julia Leite

Lugares suspensos na memória de 5 pessoas LGBTs de São Paulo são revisitados durante a pandemia.

 

Mostra Competitiva Brasileira 2

23/08, às 19h00 (por 24 horas)

26/08, às 19h00 (até o final do festival)

 

“Céu de Agosto” (Brasil-SP, 2021, 16 min) - Jasmin Tenucci

Enquanto na distante Amazônia a floresta queima, uma enfermeira grávida em São Paulo se vê cada vez mais atraída por uma igreja neopentecostal e sua comunidade.

 

“Colmeia” (Brasil-DF, 2021, 15 min) - Maurício Chades

Faz poucas horas que Huri saiu da prisão. Ela encontra um amigo cineasta e pede que ele grave as historias que tem para contar. Huri tira cartas de tarô que devem guiar a humanidade na construção de novos mundos.

 

“Ela Que Mora no Andar de Cima” (Brasil-PR, 2020, 14 min) - Amarildo Martins

Luzia vira cobaia” dos doces e quitutes da vizinha confeiteira, Carmen. A amizade evolui para uma paixão platônica, que traz um novo sabor para os dias amargos de Luzia.

 

* “O Babado de Toinha” (Brasil-RJ, 2020, 13 min) - Sérgio Bloch

Que Toinha não é uma baiana qualquer é fácil de perceber, mas o que muitos nem desconfiam é que é ela mesma quem fabrica o dendê que utiliza no seu acarajé, num longo e complexo processo manual.

 

“Stone Hearts” (Brasil-AM, 2021, 9 min) - Humberto Rodrigues

A guerra, as epidemias, a escassez de recursos naturais e o colapso social transformaram os seres humanos em figuras deformadas de pedra, presos aos seus piores vícios. Até que uma flor surge e liberta um dos stone walkers” desse isolamento.

 

Mostra Competitiva Brasileira 3

24/08, às 19h00 (por 24 horas)

26/08, às 19h00 (até o final do festival)

 

“Hora Feliz” (Brasil-RS, 2021, 5 min) - Alex Sernambi

Taxidermista diletante se interessa por um violonista mascarado que passa na frente de seu apartamento.

 

“Seiva Bruta” (Brasil-AM/Estados Unidos, 2020, 17 min) - Gustavo Milan

Marta, uma jovem venezuelana, está imigrando para o Brasil quando encontra um jovem casal com uma filha. Sua habilidade de amamentar faz com que seus destinos se interliguem para sempre.

 

“Quanto Pesa” (Brasil-MA, 2020, 23 min) - Breno Nina

"Eu vim lançar fogo sobre a terra, e quem me dera que já estivesse sido ateado!" (Lucas 12:49)

 

“República” (Brasil-SP, 2020, 16 min) - Grace Passô

Brasil, 2020. A pandemia evidencia a dimensão da necropolítica que opera no país e a sociedade vive uma crise ética em meio a um governo que é a exata expressão do poder colonialista. “República” é um curta-metragem realizado em casa, com estrutura caseira, durante o início da quarentena de 2020, no centro da cidade de São Paulo. 


MOSTRA BRASIL

 

Mostra Brasil 1 – Estamos Vivos!

19/08, às 19h00 (por 24 horas)

26/08, às 19h00 (até o final do festival)

 

“Luna Quer Sair” (Brasil-SP, 2020, 3 min) - Luci Savassa e Matias Lovro

A sonhadora Luna adora sair ao ar livre, mas está presa em seu apartamento com seu gato por causa da pandemia. Para manter a sanidade, ela precisará achar uma maneira de explorar o mundo sem sair de casa.

 

“Pandelivery” (Brasil-SP, 2021, 15 min) - Guimel Salgado e Antonio Silva Matos

Na pandemia, milhares de desempregados estão se tornando entregadores de aplicativo para sobreviver. Submissos a um sistema de exploração, buscam melhores condições de trabalho enquanto lidam com a Covid-19 e a fome.

 

“Monumento ao Wi-fi” (Brasil-SP, 2020, 14 min) - Gustavo Vinagre

Cartas pandêmicas Brasil-Cuba.

 

“Nervo Errante” (Brasil-SP, 2021, 13 min) - Bruno Badain

Valentina é ilustradora freelancer e precisa entregar um job com urgência para ser paga e comprar seus medicamentos que acabaram. Sem eles, Valentina sofre ataques de pânico e precisa segurar a cabeça no lugar enquanto conclui o trabalho.

 

“Utopia” (Brasil-AP, 2021, 15 min) - Rayane de Penha

A busca de uma filha por histórias vividas pelo pai garimpeiro que faleceu no garimpo. O documentário procura humanizar homens que se dedicam à terra e mostrar um relato íntimo e poético sobre suas vidas.

 

“Gilson” (Brasil-SP, 2020, 5 min) - Vitoria Di Bonesso

O filme mescla documentário e ficção para abordar a desigualdade social e concentração de renda através da trajetória de um entregador de aplicativo de delivery que precisa trabalhar durante a pandemia.

 

Mostra Brasil 2 – Pé no Chão

20/08, às 19h00 (por 24 horas)

26/08, às 19h00 (até o final do festival)

 

“Derradeiro de Maio” (Brasil-SP, 2021, 9 min) - Eduardo Consonni e Rodrigo T. Marques

Na vila de Mata Grande, sertão da Paraíba, Dona Anita e sua banda cabaçal realizam um festejo em homenagem a Nossa Senhora, que acontece no último dia de maio, uma tradição familiar que começou com seu bisavô.

 

“Carta ao Magrão” (Brasil-RJ, 2021, 11 min) - Pedro Asbeg

Aproveitando material inédito de entrevista realizada em 2010 para o filme “Democracia em Preto e Branco”, o curta-metragem marca os dez anos da morte do doutor Sócrates, enquanto faz também uma rápida retrospectiva desse período.

 

“Os Marranos do Sertão” (Brasil-RJ, 2021, 11 min) - Felipe Goifman e Sergio Bloch

No nordeste brasileiro, os descendentes dos "conversos" também estão retornando ao judaísmo. Alguns dos ancestrais dessas comunidades foram os primeiros judeus a se estabelecer em Nova Iorque.

 

“5 Fitas” (Brasil-BA, 2020, 16 min) - Heraldo de Deus e Vilma Carla Martins

Em Salvador, todo ano acontece a festa para Senhor do Bonfim, onde fiéis e turistas amarram fitas e fazem pedidos. Após ouvir histórias sobre a festa, dois irmãos se aventuram e aprendem sobre religiosidade e a importância da família.

 

“Menarca” (Brasil-SP, 2020, 22 min) - Lillah Halla

Em uma aldeia infestada de piranhas, as jovens Nanã e Mel desejam se proteger contra uma violência aparentemente inevitável. Quando um corpo misterioso aparece na rede de um pescador, elas descobrem o que pode ser sua verdadeira proteção.

 

Mostra Brasil 3 – Perplexidade

21/08, às 19h00 (por 24 horas)

26/08, às 19h00 (até o final do festival)

 

“O Ódio” (Brasil-RS, 2021, 3 min) - Nelton Pellenz

Ao justapor registros pessoais e universais, busco narrar o segundo irreversível em que os traumas profundos são expostos e criados, o segundo que rompe a "normalidade" e em que testemunhamos a carga que estamos fadados a conviver.

 

“A Obra Final” (Brasil-SP, 2021, 14 min) - Patrick Hanser

Dois detetives aposentados, que atuaram durante a ditadura brasileira, se deparam com o passado quando solicitados a depor sobre a investigação do caso de suicídio de um renomado artista plástico e sua infame obra final.

 

“Per Capita” (Brasil-PE, 2021, 15 min) - Lia Leticia Ferreira Leite

Como despertar uma gente entorpecida que tinha tudo, que comprara todos os sonhos que o dinheiro pode comprar e sabia que tinha sido uma pechincha?

 

“República das Saúvas” (Brasil-SP, 2021, 15 min) - Piero Sbragia

A realidade não existe. Consideradas pragas, as saúvas destroem a floresta para proteger a família. Memórias da pandemia, corroídas pela ignorância e pelo negacionismo. O que nos sobra neste grandioso país de vermes e vírus?

 

“Seremos Ouvidas” (Brasil-PR, 2020, 13 min) - Larissa Nepomuceno Moreira

Como existir em uma estrutura sexista e ouvinte? Gabriela, Celma e Klicia, três mulheres surdas com realidade diferentes, compartilham suas lutas e trajetórias no movimento feminista surdo.

 

Mostra Brasil 4 – Vozes

22/08, às 19h00 (por 24 horas)

26/08, às 19h00 (até o final do festival)

 

“Só Mais Um Dia” (Brasil-SP, 2020, 8 min) - Bella Gomes

Marcelo mora na periferia de São Paulo com seu filho Kevin. A relação dos dois é de muito companheirismo, amizade e amor. Mas a realidade que os rodeia é dura e, a qualquer momento, pode interferir em suas vidas.

 

“VIVXS!” (Brasil-RJ-SP, 2021, 15 min) - Tatiana Lohmann, Roberta Estrela D'Alva e Claudia Schapira

Rio de Janeiro, Brasil. Poetas de diferentes partes do mundo se reúnem no porto que mais recebeu escravizados na história da humanidade, onde prestam homenagens e proclamam mais uma vez que vozes e vidas negras importam!

 

“Como Respirar Fora d’Água” (Brasil-SP, 2021, 15 min) - Júlia Fávero e Victoria Negreiros

Na volta de um dos seus treinos de natação, Janaína é enquadrada violentamente por policiais. Já em casa e livre do perigo, ela enfrenta a relação com seu pai, Júlio, também policial militar, com outros olhos.

 

“A Terra em que Pisar” (Brasil-DF, 2020, 25 min) - Fáuston da Silva

Joana decide participar de uma ocupação irregular de terra pública. A decisão lhe dará mais que uma moradia, mas uma nova consciência política.

 

Mostra Brasil 5 – Um Certo Olhar

23/08, às 19h00 (por 24 horas)

26/08, às 19h00 (até o final do festival)

 

“Dinheiro” (Brasil-MG), 2021, 4 min) - Arthur B. Senra e Sávio Leite

Computadores fazem arte, artistas fazem dinheiro.

 

“Transetropical” (Brasil-RN, 2021, 5 min) - João Ricardo Paulino

O verão chega ao fim nos trópicos e o crepúsculo começa na Cidade do Sol. A virada da década é um transe de nostalgia, luz e escuridão.

 

“Janelas Daqui” (Brasil-RJ, 2020, 15 min) - Luciano Vidigal e Arthur Sherman

Através de suas janelas, moradores relatam críticas, poesias e reflexões sobre a pandemia da Covid-19 na favela do Vidigal, Rio de Janeiro.

 

“Retrato do Artista Quando Coisa” (Brasil-MS, 2021, 4 min) - Filipi Silveira e Larissa Neves

Difícil "sinopsar" Manoel de Barros, o que nos resta é sentir sua poesia.

 

“Sonho de Verão” (Brasil-RJ, 2020, 13 min) - Luan Dias

Gabriel quer conquistar o respeito e a admiração de seu pai. Para isso, ele precisará contar com o poder da dança e a magia dos sonhos.

 

“Ir e Vir” (Brasil-RJ, 2021, 22 min) - Christian Caselli e Florencia Santágelo

"O mais injusto da vida é o seu término. Tudo deveria ser de trás pra frente."

 

Mostra Brasil 6 – Reflexões Cinéfilas

24/08, às 19h00 (por 24 horas)

26/08, às 19h00 (até o final do festival)

 

“Nova Pasta. Antigo Baú” (Brasil-SP, 2021, 18 min) - Sylvio Lanna

Um ensaio sobre a vida e o início do amor.

 

“Foi Um Tempo de Poesia” (Brasil-CE, 2021, 13 min) - Petrus Cariry

A partir de um material inédito, o poeta Patativa do Assaré nos conta sobre sua vida e obra. Narrado pelo próprio diretor, que lança um olhar afetivo sobre o seu padrinho, o documentário mostra que o que fica são as memórias.

 

“O Suposto Filme” (Brasil-MG, 2021, 12 min) - Rafael Conde

As imagens vão se perdendo com a gente. Imagens são escolhas. Depois, afetos. E também, a evidência de que estivemos realmente com elas, nesses lugares.

 

“O Menino, O Sabiá e o Rato” (Brasil-SP, 2021, 11 min) - Evaldo Sérgio Mocarzel

Dedicado a cineasta francês Robert Bresson (1901-1999), o curta-metragem focaliza um homem em sua cadeira de rodas diante das imagens da TV. Em sua mente, reverberam frases do livro “Notas sobre o Cinematógrafo. Mais tarde, um sabiá na janela lhe conta uma história.

 

Mostra Brasil 7 – Na Calada da Noite

24/08, às 19h00 (por 24 horas)

26/08, às 19h00 (até o final do festival)

 

“Cenas da Infância” (Brasil-RJ, 2021, 6 min) - Kimberly Palermo

Na infância tardia, um jovem rato vive a vida perfeita. Ele brinca com suas bonecas, come biscoitos e dorme ao som de contos de fadas - até que uma noite de insônia muda tudo.

 

“Você Já Tentou Olhar Nos Meus Olhos?” (Brasil-PR, 2020, 4 min) - Tiago Felipe

Quem dita o que um corpo negro necessita? Você já tentou olhar nos meus olhos?

 

“Fotos Privadas” (Brasil-RJ, 2020, 20 min) - Marcelo Grabowsky

O convidado finalmente chega. O casal Rafa e Matheus precisa lidar com a excitação e o estranhamento diante de um terceiro corpo em seu apartamento. O que cada um mostra ou esconde do outro revela diferentes formas de encarar os sentimentos.

 

“Três Graças” (Brasil-ES, 2020, 19 min) - Luana Laux

Em uma fazenda no interior do Brasil que abriga uma antiga casa grande e uma fábrica de cachaça, três irmãs vivem em uma ciranda do destino: elas pedem a Virgem Maria pela graça de um desejo que, ironicamente, é concedido a outra.

 

“Hawalari” (Brasil-GO, 2020, 15 min) - Cássio Domingos

Final do século 19. Hawalari, jovem indígena do povo Iny, que vive no Centro-Oeste brasileiro, depara-se com uma situação que lhe causa insegurança.

 


MOSTRA LATINO-AMERICANA

 

Mostra Latino-Americana 1 – Encontros Insólitos

19/08, às 19h00 (por 24 horas)

26/08, às 19h00 (até o final do festival)

 

“Hora Azul” (Cuba, 2021, 15 min) - Zoe Miranda

Mariano vai ao hospital fazer exame de próstata. China está esperando o corpo de seu falecido marido. Eles passam a tarde juntos e, ao cair da noite, Mariano faz uma proposta que lhes permite imaginar uma vida diferente.

 

“Muralha da China” (Argentina, 2020, 17 min) - Santiago Barzi

Fernando recebe notícias desconcertantes que o chateiam profundamente, mas quando ele as compartilha com seus entes queridos, as reações não são as que esperava. Um estranho debate se segue, afetando todos os envolvidos.

 

“Blanes Esquina Müller” (Uruguai, 2021, 15 min) - Nicolás Botana

Poucos dias após se mudar para um apartamento com sua namorada, Jorge recebe a visita de uma versão futura de si mesmo, que viajou no tempo para avisá-lo de que ela irá deixá-lo por outro homem. Seu duplo tem um plano.

 

“Os Indomados” (Cuba, 2021, 13 min) - Damian Sainz Edwards

A floresta noturna esconde os terrores mais profundos de Orestes: a escuridão, os espíritos e a homossexualidade de seu irmão.

 

Mostra Latino-Americana 2 – É Preciso Estar Atento e Forte

21/08, às 19h00 (por 24 horas)

26/08, às 19h00 (até o final do festival)

 

“Quem Diz Pátria Diz Morte” (Chile, 2020, 16 min) - Sebastián Quiroz

19-10-19. Fragmentos de uma cidade subterrânea. Hoje são apenas memórias. Evocações da primeira noite do toque de recolher ao sul do Estádio Nacional, antigo centro de tortura do regime militar chileno.

 

“Inside” (Colômbia/Costa Rica/Brasil, 2021, 22 min) - Jorge Forero, Alexandra Latishev, Gustavo Vinagre, Gabriela Calvache, Gustavo Rondón e Diego Lerman

Um cadáver requintado que forma uma visão plural das vivências de isolamento durante os primeiros meses da pandemia. Reúne seis peças, dirigidas por algumas das vozes mais relevantes do cinema latino-americano.

 

“Água” (México, 2020, 14 min) - Santiago Zermeño

Camilo, um adolescente remador de Xochimilco, pensa que seus encontros sexuais com outro homem foram descobertos por Beto, um colega do trabalho. Quando o confronta, Camilo acaba reagindo de maneira desesperada.

 

“O Sonho Mais Longo de Que Me Lembro” (México, 2021, 20 min) - Carlos Lenin

Diante das atrocidades cometidas pelo crime organizado no México, Tania pretende deixar sua cidade natal, de onde seu pai foi levado pelas autoridades. No entanto, ela deve enfrentar o que sua ausência significará para sua família.

 

Mostra Latino-Americana 3 – Alegorias e Adereços

23/08, às 19h00 (por 24 horas)

26/08, às 19h00 (até o final do festival)

 

“Caso à Parte” (Argentina, 2020, 15 min) - Bruno Ciancaglini

Roberto encontra uma gravação de vídeo com imagens de Bruno e sua família de férias no Uruguai, em 1993. Mas eles dizem que nunca estiveram lá. Como isso pode ter acontecido?

 

“Os Candidatos” (Chile, 2020, 15 min) - Valentina Arango Villalon

Werner morreria sozinho se não fosse por Teresa, que ultimamente parece estar triste. O velho prepara uma festa, mas tem um problema: quase todos os seus amigos morreram. Este aniversário será, sem dúvida, uma surpresa.

 

“A Felicidade do Motociclista Não Cabe em Sua Roupa” (México, 2021, 10 min) - Gabriel Herrera

Ele se senta orgulhoso em sua bela moto, que nunca emprestaria a ninguém. Ele tem certeza de que sozinho consegue explorar a selva. Uma reconstituição lúdica com papéis invertidos, que tem como foco a arrogância dos conquistadores coloniais.

 

“Tio” (México, 2021, 13 min) - Juan Medina

Em seu primeiro dia de trabalho como minerador, Martín, um adolescente presunçoso, aprenderá a importância dos rituais e do respeito aos ancestrais.

 

“Interferência” (Chile, 2021, 12 min) - Juan Carlos Soto Martínez

Uma documentarista investiga um estranho crime ocorrido há 47 anos. Mas começa a pandemia de covid-19, forçando-a a deixar a investigação inacabada. Isolada em quarentena, especula sobre as possíveis soluções do misterioso caso.

 

Mostra Latino-Americana 4 – A Persistência da Memória

25/08, às 19h00 (por 24 horas)

26/08, às 19h00 (até o final do festival)

 

“A Montanha Lembra” (Argentina/México, 2021, 20 min) - Delfina Carlota Vazquez

Os habitantes de Popocatepetl são guardiões das relíquias mesoamericanas encontradas nas bases da colina. As erupções vulcânicas coincidem com momentos que representaram processos históricos vitais para o México.

 

“Nossos Homens Ausentes” (Colômbia, 2021, 22 min) - Julio Barrera

Minha avó foi amaldiçoada e condenada ao abandono. Não há homens na minha casa. Um dia soube que ia ser pai e queria fugir, mas não repeti o exemplo de Nossos Homens Ausentes e declarei que não somos amaldiçoados.

 

“Correspondência” (Chile/Espanha, 2020, 19 min) - Carla Simón e Dominga Sotomayor

A partir de uma conversa epistolar filmada, duas jovens cineastas discutem cinema, família no presente e no passado, herança e maternidade. As reflexões pessoais e profundas são repentinamente ecoadas pela emergência política de um país.



MOSTRA INTERNACIONAL

 

Mostra Internacional 1 – Só Pensam Naquilo

19/08, às 19h00 (por 24 horas)

26/08, às 19h00 (até o final do festival)

 

“Cicatrizes” (Canadá/França, 2020, 10 min) - Alex Anna

O corpo de Alex Anna é uma tela: suas cicatrizes ganham vida para contar uma nova história de

 

“Irmãs” (Eslovênia, 2020, 23 min) - Katarina Rešek

Três melhores amigas, virgens por juramento, envolvem-se em uma briga com garotos locais. Quando as coisas ficam difíceis, elas são salvas por uma garota em formação.

 

“Que Deus Te Produza” (Itália, 2021, 15 min) - Mattia Epifani

Imerso em uma vida austera, de antigos ritos, orações e profundos silêncios, Padre Athanasius cultiva uma paixão pelo luxo e pela alta costura. Sua conduta é impecável, mas tudo muda quando ele decide fazer um vídeo em seu quarto.

 

“A Arte no Sangue” (Reino Unido/Canadá, 2021, 16 min) - Joanna Quinn

A obsessão está no DNA da família de Beryl: enquanto ela é completamente obcecada por desenho e tem seu marido Ivor como modelo e "muso", seu filho Colin é geek e sua irmã Beverly é uma taxidermista totalmente narcisista.

 

Mostra Internacional 2 – Surto

20/08, às 19h00 (por 24 horas)

26/08, às 19h00 (até o final do festival)

 

“Hospedeiros Naturais” (Reino Unido, 2020, 2 min) - Nick Jordan

Filmado com uma câmera infravermelha de visão noturna, um covil de caçadores e a casa abandonada habitada por morcegos são o cenário de reflexões sobre a ligação entre a exploração humana do mundo natural e o surto de novas pandemias de vírus.

 

“Estrasburgo 1518” (Reino Unido, 2020, 10 min) - Jonathan Glazer

Inspirado em uma mania involuntária que tomou conta dos cidadãos da cidade de Estrasburgo há pouco mais de 500 anos, o filme reúne a colaboração de alguns dos maiores dançarinos atuais em isolamento.

 

“Wich Is Witch?” (França, 2020, 6 min) - Marie Losier

Ludwig 2º da Baviera está petrificado no gelo desde o início dos tempos. É encontrado na floresta, e felizmente está vivo! Três irmãs bruxas tentam descongelá-lo e desvendar seu mistério musical, em um conto de fadas colorido e surreal.

 

“Catin” (França, 2021, 20 min) - Julie Allain, Grégory Marza, Guillaume Anglard e Bertrand Boutaud

Quatro variações de filmes sobre o tema "catin" (meretriz). Poesia, humor, frenesi e fantasmagoria se unem em um filme coletivo no qual quatro cineastas confrontam e combinam seus universos.

 

“O Fim do Sofrimento (Uma Proposta)” (Grécia, 2020, 14 min) - Jacqueline Lentzou

Sofia está em pânico, novamente. O Universo decide entrar em contato com ela. Um diálogo de outro mundo. Uma sinfonia planetária.

 

“Nadador” (Suécia, 2020, 13 min) - Jonatan Etzler

Há um homem flutuando na piscina coberta. A polícia ordena que ele saia, para que seja preso, mas o homem se recusa.

 

Mostra Internacional 3 – Encosto

21/08, às 19h00 (por 24 horas)

26/08, às 19h00 (até o final do festival)

 

“Escondido” (França/Canadá/Hungria, 2020, 11 min) - Daniel Gray

Enquanto um irmão conta, o outro se esconde. Passam-se segundos... minutos... anos... e décadas. Uma história comovente e profética sobre família e desconexão.

 

“Do.Solo.Pin” (Estados Unidos, 2021, 11 min) - Javad Atefeh

A jovem Shahla é cuidadora de um homem idoso que sofre de depressão crônica. A filha dele mora no exterior e Shahla faz videochamadas com ela todos os dias para atualizá-la sobre a saúde do pai.

 

“Casca” (Suíça, 2020, 15 min) - Samuel Patthey e Silvain Monney

Em um lugar escondido onde o tempo parece estar suspenso, a rotina diária de uma casa de repouso se desdobra. Desenhados a lápis, os residentes ganham vida no papel.

 

“Eventos para Serem Esquecidos” (Croácia, 2020, 6 min) - Marko Tadic

Filmado em 16mm, a expressão visual do filme evoca os materiais de arquivo, e se inspira em um poema de Hans Magnus Enzensberger. Fala de pessoas esquecidas, de suas vidas, de seus feitos.

 

“Fantasia do Desastre” (Alemanha, 2021, 17 min) - Christoph Girardet e Matthias Müller

Há 20 anos, as torres do World Trade Center de Nova York ruíram. As imagens do edifício eram onipresentes na TV e no cinema, como ícone simbólico, fantasia especulativa de destruição ou cenário espetacular. No curta-metragem, esses temas se juntam: a sinfonia da cidade, o filme de desastre e a terapia pós-traumática tornam-se um só.

 

Mostra Internacional 4 – Baião de Dois

22/08, às 19h00 (por 24 horas)

26/08, às 19h00 (até o final do festival)

 

“Depois de Dezembro” (Bélgica, 2020, 20 min) - François Pirotte

O encontro de um homem e uma mulher no limite. Eles se movem, de antes para depois, por campos e entre linhas urbanas. Eles se unem e atravessam os elementos como atravessamos estados, lugares e emoções. Sozinhos e juntos, até se perderem.

 

“O Paraíso Desce à Terra” (África do Sul, 2020, 10 min) - Tebogo Malebogo

Depois que Tau compreende sua sexualidade, uma cascata de pensamentos e emoções é desencadeada em Tumelo – nada jamais será o mesmo entre eles.

 

“Passagem” (Alemanha, 2020, 13 min) - Ann Oren

Um artista de foley cria sons para um filme estrelado por um cavalo de adestramento e se dissolve em sua própria imitação. Filmado em 16mm, o filme evoca as primeiras experiências de Eadweard Muybridge (1830-1904), fotógrafo inglês conhecido por seus experimentos com o uso de múltiplas câmeras para captar o movimento com cavalos.

 

Viagem ao Paraíso” (Vietnã, 2020, 15 min) - Linh Duong

Durante uma viagem de ônibus peculiar ao Delta do Rio Mekong (sul do Vietnã), a senhora Tam, de 50 anos, esbarra com seu namorado do colégio. Ela nutre uma esperança de reconciliação, mas ele provavelmente não.

 

“Máquina de Lavar” (República Tcheca, 2020, 5 min) - Alexandra Májová

Lave e ame.

 

Mostra Internacional 5 – Alhos e Bugalhos

22/08, às 19h00 (por 24 horas)

26/08, às 19h00 (até o final do festival)

 

“Tanque de Balé” (Cingapura, 2021, 4 min) - Bernhard Schmitt

Máquinas de guerra são realocadas para uma tarefa mais significativa que a destruição: dançar o cancan. Um grupo de tanques de guerra T54 solta o cabelo e começa a sacudir a pista, girar os canhões e rebolar as torres de artilharia.

 

Grab Them (Suécia, 2020, 13 min) - Morgane Dziurla-Petit

Aos 60 anos, Sally anseia por felicidade e amor. Ultimamente, sua busca tem sido complicada pelo fato de que ela se parece com o presidente americano recém-eleito.

 

“Forasteira” (Espanha, 2020, 19 min) - Lucía Aleñar Iglesias

Ao passar o verão em Maiorca, Antonia reconhece as semelhanças entre ela e sua falecida avó, e descobre um poder sobre seu avô enlutado. Ela não consegue resistir a se vestir como a avó, mas fica difícil saber quem habita quem.

 

“Cerberus” (Estônia, 2021, 19 min) - Kaspar Ainelo

Quando falta a verdade, a mentira começa a crescer, sem deixar espaço para milagres. Uma ode ao mundo pós-verdade.

 

“Reconhecimento Facial” (Estônia, 2021, 7) - Martinus Klemet

O preguiçoso Igor-503 foge dos detectores policiais em uma noite de bebedeira.

 

Mostra Internacional 6 - Convulsão

23/08, às 19h00 (por 24 horas)

26/08, às 19h00 (até o final do festival)

 

“Estrela Vermelha” (França, 2020, 22 min) - Yohan Manca

Adel é um homem de 57 anos. Ele dedica todo o seu tempo ao clube do bairro e sobrevive graças a missões temporárias. Ele descobre que não vai chegar nem perto da Renda Mínima Inicial.

 

“Violação” (Espanha, 2020, 8 min) - Koldo Almandoz e Maria Elorza

– Você o amava, não? – Sim. Acho que deixei de amá-lo há pouco tempo. (Interferências. Silêncios. Fissuras. Duas mulheres falando. Uma radiografia).

 

“A Canção do Pecado” (França, 2020, 15 min) - Khalid Maadour

Esta é a história de Sufunis e Youba, um casal de uma aldeia marroquina. Muito mais que uma história de amor, a história de um povo se passa nessas terras altas varridas pelos ventos marítimos, entre resignação e combate.

 

“Ônibus Noturno” (Taiwan, 2020, 20 min) - Joe Hsieh

Um colar é roubado em um ônibus noturno. O acontecimento é seguido de um acidente de trânsito trágico e fatal e uma série de intrigantes acontecimentos que revelam amor, ódio e vingança.

 

Mostra Internacional 7 – Chá de Boldo

24/08, às 19h00 (por 24 horas)

26/08, às 19h00 (até o final do festival)

 

“O Frango” (Estados Unidos, 2020, 13 min) - Neo Sora

Hiro, imigrante japonês em Nova York, decide abater um frango para o jantar. Enquanto mostra a região ao seu primo Kei, que está de visita, eles lidam mal com uma emergência médica, e Hiro não consegue matar o frango.

 

“Amor Descontrolado” (Bélgica, 2021, 22 min) - Thomas Deknop

Um detetive particular de Bruxelas é contratado para seguir o marido de uma cliente, pois ela suspeita que ele tenha uma amante. Quando a esposa mergulha inesperadamente na investigação, o detetive se vê fora de sua zona de conforto.

 

“O Cordeiro de Deus” (Portugal/França, 2020, 15 min) - David Pinheiro Vincente

As festividades de verão de uma vila portuguesa são inundadas de sensualidade e violência neste enigmático retrato de uma família unida até demais.

 

“Dustin” (França, 2020, 20 min) - Naïla Guiguet

Em um galpão abandonado, uma multidão dança em sincronia. No meio dela, Dustin, um jovem trans, e seu grupo: Félix, Raya e Juan. Durante a noite, a histeria coletiva se transforma em doce melancolia, e a embriaguez em saudade de afeto.

 

Mostra Internacional 8 – Aleluia

25/08, às 19h00 (por 24 horas)

26/08, às 19h00 (até o final do festival)

 

“Trânsito” (Irlanda, 2020, 10 min) - Brendan Canty

Uma jornalista novata tem que sacrificar sua entrevista de emprego para levar o avô ao hospital, em seu carro com o aparelho de som quebrado. E vive o dia mais esquisito de sua vida.

 

“Hoje Tá Tudo Bem” (Polônia/França, 2020, 5 min) - Svitlana Topor

Ontem, hoje, amanhã. Os dias passam, e a vida também. Observando as ondas irem e virem, Laurence reúne fragmentos significativos de sua vida. Mas depois de todas as lutas, ela sabe qual é o dia mais importante de todos.

 

“O Tempo Todo” (Irã, 2020, 15 min) - Shadi Karamroudi

Ao descobrir que sua irmã adolescente está planejando se suicidar, Toranj se vê paralisada, sem saber como reagir.

 

“Chega Para Lá” (Ruanda, 2020, 13 min) - Inès Girihirwe

Depois de outro incidente com seu marido, uma mulher maltratada busca velhas aventuras na casa de seus vizinhos. E ali decide mudar o curso de sua vida.

 

“Um Lugar de Veraneio” (Grécia/França/Chipre, 2021, 20 min) - Alexandra Matheou

Tina vive e trabalha em Limassol. Em isolamento, pôr um fim à sua vida em seu aniversário parece ser a única escolha. Mas um encontro extraordinário com outra mulher acaba sendo um momento transformador para ambas.



EXIBIÇÕES ESPECIAIS

 

“Di Cavalcanti Di Glauber” (Brasil-RJ, 1976, 18 min) – Glauber Rocha

22/08, às 19h00 (por 24 horas)

Uma homenagem a Emiliano Di Cavalcanti, o filme registra o velório do pintor e inclui recortes de imagens, participações de Joel Barcelos, Marina Montini e Antonio Pitanga, trechos de poema de Vinícius de Moraes e músicas de Paulinho da Viola, Lamartine Babo, Villa-Lobos e Pixinguinha.

 

“La Jetée” (França, 1962, 28 min) – Chris Marker

23/08, às 19h00 (por 24 horas)

Um homem é assombrado por uma lembrança de infância que se revelará desastrosa.

 

“Sobre Olhares – Oficinas Kinoforum” (Brasil-SP, 2021, 102 min) – Christian Saghaard e Zita Carvalhosa

20/08, às 19h00 (por 24 horas)

26/08, às 19h00 (até o final do festival)

O filme reúne trabalhos de destaque produzidos por alunos das Oficinas Kinoforum de Realização Audiovisual, iniciativa que completa 20 anos e é voltada a despertar o interesse no fazer cinematográfico em jovens de comunidades e das periferias da cidade de São PauloEntre as temáticas estão questões presentes no cotidiano desses jovens, como a falta de perspectiva de trabalho, a presença do racismo estrutural, o direito à moradia e a falta de saneamento básico, homofobia e transfobia. Traz ainda depoimentos de alguns de seus realizadores, relatando a importância de ter participado do projeto em suas carreiras profissionais.

 


MOSTRA LIMITE

 

Mostra Limite 1 – Retina

19/08, às 19h00 (por 24 horas)

26/08, às 19h00 (até o final do festival)

 

“Vagalumes” (Brasil-RJ, 2020, 19 min) - Léo Bittencourt

O lado noturno de um ícone modernista. A fauna e flora dos jardins de Roberto Burle Marx habitados pelos frequentadores do Parque do Flamengo enquanto a cidade do Rio de Janeiro adormece.

 

“Curtos-Circuitos” (Rússia, 2020, 19 min) - Mikhail Basov

Um processo comum de soldagem se transforma em um rito que transfigura imagens banais segundo a lógica do sonho.

 

“Utopia 360” (Cuba, 2020, 7 min) - Violena Isabel Ampudia Rodriguez

Sem uma ordem lógica, o passado e o futuro de Cuba são reunidos por dois jogadores, que testam um jogo de realidade virtual que não está funcionando bem.

 

“Olhos Sagrados” (China, 2021, 23 min) - Keng U Lao

Em uma misteriosa clínica, um jovem é reprovado em um teste de visão e lhe é receitado um tratamento com exercícios para os olhos. Ao expressar suas dúvidas sobre o sistema, ele é forçado a submeter-se a procedimentos terapêuticos inimagináveis.

 

Mostra Limite 2 – Sedimentos

22/08, às 19h00 (por 24 horas)

26/08, às 19h00 (até o final do festival)

 

“Mimoides Reativos” (Austrália, 2020, 7 min) - Vladimir Todorovic

O vídeo mostra as conquistas do Centro de Estudos de Mimoides, que descobriu que o tecido do organismo extraterrestre (mimoide) se regenera depois de ser exposto a efeitos nocivos de radiação.

 

“Rocha Matriz” (Brasil-ES, 2020, 25 min) - Miro Soares e Gabriel Menotti

O filme examina a cadeia produtiva de mármore e granito a partir de uma consciência alienígena e traça conexões entre formas de trabalho cotidiano, o mercado global e o tempo profundo da Terra.

 

“Abrir Monte” (Colômbia/Portugal, 2021, 25 min) - Maria Rojas Arias

Em 1929, na Colômbia, um grupo de sapateiros lutou para melhorar as condições de vida e de trabalho no país. As mulheres dessa vila se encontram com Aura, uma avó anarquista, sentindo que sua rebelião persiste.

 

“Úrsula” (Portugal, 2020, 6 min) - Eduardo Brito

Entre a cidade mais ao norte do mundo, numa longa noite polar, e um lugar ao sul, numa manhã nevoenta de verão, acontecem um sonho e todas as suas dúvidas.

 

“Rútilo Cautério” (Brasil-SP, 2020, 2 min) -  Rodrigo Faustini, Jpedrinho9 e João Pedro Firemann

Gestos abrasivos numa superfície termossensível são processados eletrônica e digitalmente, gerando efeitos psicofísicos de vaguidão imagética e movimentos erráticos em convolução.

 

Mostra Limite 3 – Sinfonia

25/08, às 19h00 (por 24 horas)

26/08, às 19h00 (até o final do festival)

 

“Dentro” (França, 2020, 6 min) - Yann Chapotel

Um mosaico de janelas, do prédio que eu filmava regularmente da minha própria janela. Momentos da vida cotidiana se sobrepõem e respondem uns aos outros, formando um afresco coreográfico de gestos simples.

 

“Escuro” (Brasil-SP, 2021, 12 min) - Martina Alzugaray, Daniel Tagliari, João Rubio Rubinato e Bruno Lopes

No auge de uma pandemia, quatro diretores trabalham juntos para documentar suas vidas pelas janelas dos apartamentos. Escuridão e paranoia tomam conta dos rumos de uma noite na cidade de São Paulo.

 

“Son Chant” (Estados Unidos, 2020, 13 min) - Vivian Ostrovsky

Chantal Akerman e a violoncelista Sonia Wieder Atherton trabalharam juntas em mais de 20 filmes ao longo dos anos. Uma sequência com as duas despertou meu desejo de focar no som de seus filmes. Esse foi apenas o começo.

 

“Todas as Paredes” (Áustria, 2020, 16 min) - Josef Dabernig

Com ironia maliciosa, Dabernig sente prazer em detalhes de decoração, arquitetura e cultura nativa da antiga Europa comunista, destacando os clichês sobre mulheres e empregados. Em contraponto, a música oscila entre melancolia e energia.

 

“O Túmulo da Terra” (Brasil-RJ, 2021, 12 min) - Yhuri Cruz

Concebido como fábula expressionista preta, o filme conta a origem da máscara de pedra Pretusi a partir da jornada de um homem sem rosto, que é perseguido e atormentado por sua própria subjetividade encarnada em seus pares.

 

“Alexander Mosolov. Três Peças” (Rússia/Bielorússia, 2020, 3 min) - Natalia Ryss

O filme experimental é dedicado ao período construtivista do compositor Alexander Mosolov (1900-1973), assim como à arquitetura e ao cinema dessa direção, em três partes intituladas intuitivamente: 1. Sombras 2. Movimento 3. Volume.

 


MOSTRA INFANTOJUVENIL

 

Mostra Infantil 1 – Planeta Criança

19/08, às 19h00 (por 24 horas)

26/08, às 19h00 (até o final do festival)

 

“Ciência Espacial” (Reino Unido/Polônia, 2021, 1 min) - Hoching Kwok

Três cientistas dão o aval para sua nova invenção – um foguete ultrassecreto feito de confeitos.

 

“Árvores Gêmeas” (França, 2020, 4 min) - Emmanuel Ollivier

Irmão e irmã caminham juntos, cada um carregando uma árvore em um pequeno vaso. Quando encontram um papagaio e uma estátua caída, eles precisam escolher seu próprio caminho.

 

“Bemol” (Suíça, 2021, 6 min) - Oana Lacroix

Um rouxinol sem penas canta na floresta. Sua canção acalma e diverte os outros animais. Um dia, o rouxinol é surpreendido por uma tempestade. Sem penas para protegê-lo, ele fica resfriado e não consegue mais cantar.

 

“Bosquezinho” (Argentina, 2020, 8 min) - Paulina Muratore

Mizu descobre um pequeno broto na floresta, e todo dia ela volta para regá-lo. Com o passar dos anos, Mizu e a pequena árvore crescem juntas. Um dia, a floresta é inundada e a árvore ajuda a salvar sua vida.

 

“Passarinho” (Rússia, 2020, 7 min) - Marat Narimanov

A história de uma amizade entre um velho solitário e um passarinho indefeso, confrontada por um grupo de meninos ignorantes do mesmo bairro, estilizado como um filme dos anos 60.

 

“Primeiro Carnaval” (Brasil-SP, 2021, 5 min) - Alan Medina

Uma criança vive a mágica do carnaval pela primeira vez.

 

“Névoa” (Colômbia, 2020, 10 min) - Leonardo Romero

Nicolas é um garoto que se mudou com os pais para o subúrbio próximo a uma antiga floresta de nevoeiro, onde ele começa a ter misteriosos encontros com animais nativos. Ele entenderá a importância do equilíbrio entre os humanos e a natureza.

 

“Darwin” (França, 2020, 6 min) - Alix Popesco, Emmanuel Sabathe, Juliette Moreau e Tonin Laplanche

Milhões de anos após a extinção da civilização, um robô em órbita retorna à Terra para buscar vestígios de um potencial herdeiro da humanidade. Ao longo de sua exploração, encontra um descendente direto da espécie humana.

 

Mostra Infantil 2 – Fazendo Cinema em Casa

21/08, às 19h00 (por 24 horas)

26/08, às 19h00 (até o final do festival)

 

“Meio Ambiente em Casa – Campo Limpo” (Brasil-SP, 2021, 5 min) - Colaboração Coletiva

O que podemos fazer pelo meio ambiente dentro de nossas próprias casas? Neste curta-metragem as crianças gravam cenas e depoimentos sobre as ações e atitudes positivas que todos podemos ter em relação ao meio ambiente doméstico.

 

“Meio Ambiente em Casa – Cachoeirinha” (Brasil-SP, 2021, 5 min) - Colaboração Coletiva

O que podemos fazer pelo meio ambiente em nossas próprias casas? Neste curta-metragem as crianças gravam cenas e depoimentos sobre as ações e atitudes positivas que todos podemos ter em relação ao meio ambiente doméstico.

 

“Viva a Onça Pintada e a Fauna Brasileira – Campo Limpo” (Brasil-SP, 2021, 5 min) - Colaboração Coletiva

As crianças participantes da oficina de realização audiovisual defendem a importância de protegermos os animais da fauna brasileira, como a onça pintada, e mostram suas habilidades com maquiagens e efeitos especiais.

 

* “Viva a Arara Azul e a Fauna Brasileira – Cachoeirinha” (Brasil-SP, 2021, 5 min) - Colaboração Coletiva

As crianças participantes da oficina de realização audiovisual defendem a importância de protegermos os animais da fauna brasileira, como a arara azul, e mostram suas habilidades com maquiagens e efeitos especiais.

 

“Histórias do Mundo Animal – Campo Limpo” (Brasil-SP, 2021, 5 min) - Colaboração Coletiva

Os animais brasileiros são os protagonistas de várias histórias curtas realizadas com o uso de massinha em stop motion.

 

“Histórias do Mundo Animal – Cachoeirinha” (Brasil-SP, 2021, 5 min) - Colaboração Coletiva

Os animais brasileiros são os protagonistas de várias histórias curtas realizadas com o uso de massinha em stop motion.

 

“Objetos Reciclados – Cachoeirinha” (Brasil-SP, 2021, 5 min) - Colaboração Coletiva

As crianças entendem o conceito de reciclagem ao transformar o lixo doméstico em personagens, realizando animações que utilizam a técnica de animação “pixilation”.

 

“Objetos Reciclados – Campo Limpo” (Brasil-SP, 2021, 5 min) - Colaboração Coletiva

As crianças entendem o conceito de reciclagem ao transformar o lixo doméstico em personagens, realizando animações com a técnica de animação “pixilation”.

 

Mostra Juvenil – Jovens na Luta

24/08, às 19h00 (por 24 horas)

26/08, às 19h00 (até o final do festival)

 

“Quarto Com Vista” (França, 2020, 5 min) - Brutti/Debrouwer/Harel (La)Horde

Filmado pouco antes do fechamento dos cinemas, o curta-metragem é como uma última rave antes do Apocalipse.

 

“Ela Luta” (Brasil-SP, 2020, 15 min) - Luiza Giuliani

Flavinha, de dez anos, chega à puberdade. Então, finalmente se dá conta: ela é uma menina em sua aula de judô.

 

“Além das Árvores” (França, 2020, 5 min) - Pierre Burgoni, Jordan Baudé, Catharianne Ni e Julie Bijjou

Todos os dias, um menino indonésio de 7 anos faz uma longa viagem para chegar ao seu destino a tempo.

 

“Garotas Falam de Futebol” (Itália, 2021, 7 min) - Paola Sorrentino

Como é ser uma garota em um mundo de garotos? Seis meninas compartilham suas experiências em um esporte dominado por homens. Suas histórias são traduzidas por diferentes técnicas de animação.

 

“E Daí” (Turquia, 2020, 5 min) - Yeliz Gurkan

O urso polar, cuja ida para a cidade se deve ao derretimento das geleiras, não consegue controlar os nervos diante da insensibilidade das pessoas e do efeito da mudança climática na vida de um urso.

 

“Kaolin” (França, 2020, 22 min) - Corentin Lemetayer Le Brize

Jade, de 11 anos, tem apenas uma ideia em mente: participar novamente do Grand Prix des Kaolins, o campeonato de motocross organizado por seu pai. Andar de moto de novo pode ser complicado, mas Jade é teimosa.

 

 

PROGRAMAS ESPECIAIS

 

Vânia Debs: Uma Mulher de Cinema

21/08, às 19h00 (por 24 horas)

26/08, às 19h00 (até o final do festival)

 

“Verão” (Brasil-SP, 1983, 11 min) - Wilson Barros

Numa casa de praia, flagrantes do relacionamento de um casal se intercalam com flashbacks de um passado político que ainda ameaça a vida dos dois.

 

“A Garota das Telas” (Brasil-SP, 1986, 15 min) - Cao Hamburger

Para alcançar a mulher dos seus sonhos, existem amantes capazes de viajar através de todos os gêneros e estilos cinematográficos.

 

“O Crime da Imagem” (Brasil-PE, 1992, 13 min) - Lírio Ferreira

Como Antônio Conselheiro tornou-se ao mesmo tempo um líder político-místico-religioso, andarilho dos sertões e aliciador das massas sertanejas à revolução agrária.

 

“Clandestina Felicidade” (Brasil-PE, 1998, 15 min) - Marcelo Gomes e Beto Normal

Fragmentos de infância, descoberta do mundo pelo olhar curioso, perplexo e profundo da criança-escritora Clarice Lispector (1920-1977).

 

“Morte.” (Brasil-SP, 2002, 15 min) - José Roberto Torero

Casal prepara-se para a grande viagem, não esquecendo as flores, a música, a bagagem... tudo nos mínimos detalhes.

 

Nocturnu – Cine Fantástico e de Horror

20/08, às 19h00 (por 24 horas)

26/08, às 19h00 (até o final do festival)

 

“Inerente” (Dinamarca/Reino Unido, 2021, 16 min) - Nicolai G. H. Johansen

Horror gótico encontra romance adolescente em uma fazenda abandonada onde vive uma garota aparentemente solitária. No sótão há uma presença sinistra a quem a garota serve. À medida que fica fascinada por um menino, ela se divide entre seus desejo e laços.

 

“Azulscuro” (Brasil-MG, 2021, 15 min) - Evandro Caixeta e João Gilberto Versiani

Após a misteriosa morte de sua irmã, Sofia se depara com novas evidências que podem iluminar o caso, enquanto entidades demoníacas espreitam na escuridão.

 

“Enquanto Ficamos em Casa” (Israel, 2020, 5 min) - Gil Vesely

É noite durante a quarentena de coronavírus. Um jovem encontra uma jovem nas ruas vazias de Tel-Aviv. Flertar é difícil, já que ambos escondem um segredo sob a máscara.

 

“O Moogai” (Austrália, 2020, 15 min) - Jon Bell

Neste filme de horror psicológico aborígene, uma família é aterrorizada por um espírito que rouba crianças.

 

“Antônia” (Brasil-SP, 2020, 9 min) - Flávio Carnielli

Interior do Brasil, século 19. Após perder a filha e a neta para a varíola, um casal de idosos decide abandonar suas crenças e tomar uma medida drástica contra o que consideram uma injustiça divina.

 

Christian Petzold e a Escola de Berlim

21/08, às 19h00 (por 24 horas)

26/08, às 19h00 (até o final do festival)

 

“Süden” (Alemanha, 1989, 10 min) - Christian Petzold

Um carro solitário. O vento sopra. A porta de um edifício indefinido se abre: é uma casa de férias, um barracão ou uma ruína? Uma mulher está à janela, talvez devido ao calor. Sul: um lugar de nostalgia.

 

“Östwarts” (Alemanha, 1990, 24 min) - Christian Petzold

Logo após a reunificação alemã, três moradores de uma região calma do norte da cidade de Berlim conversam sobre seus planos e tentativas de um recomeço econômico em meio às mudanças trazidas pela queda do Muro de Berlim.

 

“Das Warme Geld” (Alemanha, 1992, 31 min) - Christian Petzold

Vera e Heike são duas amigas que aspiram a um estilo de vida deslumbrante, mas não têm recursos para isso. Vera decide começar a roubar dos homens enquanto bebe com eles em bares. Quando Heike ocupa seu lugar, sua técnica não é tão bem-sucedida e ela acaba sendo pega na hora.

 

Diálogos André Novais Oliveira e Lincoln Péricles 1

20/08, às 19h00 (por 24 horas)

26/08, às 19h00 (até o final do festival)

 

“Fantasmas” (Brasil-MG, 2010, 11 min) - André Novais Oliveira

O fantasma da ex.

 

“Domingo” (Brasil-MG, 2011, 11 min) - André Novais Oliveira

Memórias de um domingo.

 

“Pouco Mais de Um Mês” (Brasil-MG, 2013, 22) - André Novais Oliveira

André e Élida namoram há pouco tempo. Na vida real e na ficção.

 

“Quintal” (Brasil-MG, 2015, 20 min) - André Novais Oliveira

Mais um dia na vida de um casal de idosos da periferia.

 

“Rua Ataléia” (Brasil-MG, 2021, 12 min) - André Novais Oliveira

Em 2011, numa noite sem luz na periferia, uma família aguarda o retorno da energia elétrica, com velas que iluminam conversas e pensamentos. Hoje, dez anos depois, a luz tenta impor o seu lugar perante as sombras da memória.

 

Diálogos André Novais Oliveira e Lincoln Péricles 2

20/08, às 19h00 (por 24 horas)

26/08, às 19h00 (até o final do festival)

 

“Ruim é Ter Que Trabalhar” (Brasil-SP, 2015, 10 min) - Lincoln Péricles

Alguns dias antes da Copa do Mundo FIFA de 2014 no Brasil, um operário reflete sobre seu trabalho.

 

“Aluguel: O Filme” (Brasil-SP, 2015, 16 min) - Lincoln Péricles

Falta água na periferia de São Paulo. A reunificação pacífica não acontecerá.

 

“Entrevista Com as Coisas” (Brasil-SP, 2015, 7 min) - Lincoln Péricles

O que dizem algumas coisas sobre a política do cotidiano na quebrada. Filme realizado a partir do núcleo de cinema autônomo na E.E. Pedro Alexandrino, no bairro de Vila Nova Mazzei, zona norte da cidade de São Paulo.

 

“Filme de Domingo” (Brasil-SP, 2020, 28 min) - Lincoln Péricles

Domingo de sol na quebrada. Um tio babão, uma mãe zika e uma criança artista.

 

Cine Social Club

25/08, às 19h00 (por 24 horas)

26/08, às 19h00 (até o final do festival)

 

“Ce Qué Mentir pra Preta Velha?” (Brasil-SP, 2020, 21 min) - Ellen Rio Branco e Lua Lucas

A história de mulheres pretas que fundaram a partir do barro nosso bairro, Cidade Tiradentes.

 

“Daria Um Filme” (Brasil-SP, 2018, 7 min) - Marginalia

Em mais um dia comum, Wallace, conhecido como Nego, passa por diversas situações que vão de acordo com a letra de "Negro Drama", do grupo Racionais MC's, mostrando que uma música lançada no ano de 2002 é cada vez mais atual na vida de jovens pretos das periferias.

 

“Defina-se” (Brasil-SP, 2002, 4 min) - Kelly Regina Alvez

Manifesto audiovisual sobre a trajetória dos negros no Brasil, da senzala à periferia da cidade grande. Defina-se.

 

“Cidade Tiradentes – Uma Cidade Chamada Tiradentes” (Brasil-SP, 2006, 26 min) - Lilian Solá Santiago

O documentário traça um panorama do Distrito de Cidade Tiradentes e seus habitantes. Acompanha desde a aquisição de terras pelo poder público a partir da década de 1970, até a ocupação do que hoje é um dos maiores conjuntos habitacionais da América Latina.

 

“La Jetée” e o Curta Brasileiro

23/08, às 19h00 (por 24 horas)

26/08, às 19h00 (até o final do festival)

 

“Jugular” (Brasil-SP, 1997, 5 min) - Fernanda Ramos

Rapaz encontra moça.

 

“Cego_cidade” (Brasil-BA, 2020, 10 min) - 2020Kauan Oliveira .

As imagens complementam o que sempre falta nas palavras. As poesias complementam o que sempre está presente na cidade. Livremente inspirado na poesia "Cidade City Cité", de Augusto de Campos.

 

“A Sentença” (Brasil-SP, 2021, 17 min) - Laura Coggiola

Uma menina apaixonada recebe um pedido de socorro de um dragão. Ao tentar ajudá-lo, ela desafia a própria natureza humana, e falha miseravelmente.

 

“Juvenília” (Brasil-SP, 1994, 7 min) - Paulo Sacramento

Cáspite!

 

“Grand Canyon” (Brasil-MG, 2020, 12 min) - Pedro Ianni Estrada

Aurélio vive sozinho na cidade de Belo Horizonte. Em meio a suas andanças pela cidade, sua história, pensamentos e desejos ficam evidentes a cada passo, da Avenida Afonso Penna ao espaço sideral.

 

“Vinil Verde” (Brasil-PE, 2004, 13 min) - Kleber Mendonça Filho

A mãe dá para a filha uma caixa cheia de velhos disquinhos coloridos, com músicas infantis. A filha poderá ouvi-los, exceto o disquinho de vinil verde.

 

Kinolab Tela Digital - Destaques

25/08, às 19h00 (por 24 horas)

26/08, às 19h00 (até o final do festival)

 

“Inês” (Brasil-RJ, 2021, 4 min) - Ricardo Vaz Martins

Durante a pandemia, um homem – confinado em seu apartamento – vê de sua janela seus vizinhos sumirem misteriosamente ao longo dos meses.

Menção honrosa no Kinolab Tela Digital

 

“Dois” (Brasil-MG, 2021, 10 min) - Guilherme Jardim e Vinícius Fockiss

Bernardo e Luix buscam aproximação afetiva durante o período de distanciamento social. Em meio ao caos, tentam descobrir outras formas de amar.

* Prêmio BDMG Cultural, Mostra Instante Suspenso, Belo Horizonte, Brasil, 21

Prêmio no Kinolab Tela Digital

 

“Equilíbrio” (Brasil-BA, 2020, 11 min) - Olinda Muniz Silva Wanderley

O discurso da Kaapora, entidade espiritual indígena, norteia a discussão crítica quanto à relação destrutiva de nossa civilização com o único planeta conhecido que tem suporte para a vida, e do qual nós mesmos dependemos para continuar nossa existência enquanto espécie.

Prêmio no Kinolab Tela Digital

 

“25 Anos Sem Asfalto” (Brasil-SP, 2021, 15 min) - Fabiola Andrade e Rodrigo Dantas Bastos

Rose se empenha para garantir a Pedro um futuro melhor do que uma vida confinada entre as ruas de terra do bairro e o asfalto da cidade, quando um acontecimento inesperado a fará se conectar ao cotidiano de pequenas aventuras do filho.

Prêmio no Kinolab Tela Digital

 

Amotara 1 - Encontro de Saberes e Gerações

19/08, às 19h00 (por 24 horas)

26/08, às 19h00 (até o final do festival)

 

“Mandayaki e Takino” (Brasil-MT, 2020, 10 min) - Ariato Juruna e Dadyma Juruna

Um olhar compartilhado conosco de um momento da vida doméstica que pode nos demonstrar que existe futuro possível sendo indígena no Brasil, desde que suas terras não sejam queimadas, pilhadas e invadidas.

 

“Pará Reté” (Brasil-RS, 2015, 15 min) - Patrícia Ferreira

Um retrato cotidiano de Elsa, feito por sua filha, Patrícia Para Yxapy, na aldeia Koen-ju (RS).

 

“Os Espíritos Só Entendem o Nosso Idioma” (Brasil-MT, 2019, 6 min) - Cileuza Jemjusi, Robert Tamuxi e Valdeilson Jolasi

A população Manoki corre um risco iminente de perder seu idioma, meio pelo qual se comunicam com seus espíritos. Apesar de todas as dificuldades, os mais jovens retratam a luta e a esperança, indicando que “a língua Manoki viverá”!

 

“Tecendo Nossos Caminhos” (Brasil-MT, 2019, 6 min) - Cledson Kanunxi, Jackson Xinunxi e Marta Tipuici

A população Manoki corre o risco de perder seu idioma. A partir da analogia com a fragilidade do algodão que vira o fio forte da rede, Marta Tipuici fala da resistência de seu povo, de sua avó e da esperança de voltarem a falar sua língua.

 

“Cipó” (Brasil-BA, 2021, 18 min) - Léo Mendez e Célia Tupinambá

Um casal de lideranças anciãs Tupinambá vai à mata em busca de cipós para fazer artefatos ancestrais. Suas histórias e ensinamentos nos falam da terra, da luta para preservação da mata e da cultura por meio dos artefatos ligados ao cipó.

 

Amotara 2 – Cosmopolíticas da Terra e da Luta

23/08, às 19h00 (por 24 horas)

26/08, às 19h00 (até o final do festival)

 

“Mensagem da Terra” (Brasil (BA) . Pankararu . 14' . cor . 2020) - Maria Pankararu e Sebastián Gerlic

O documentário apresenta ao grande público os sentimentos, as opiniões e as visões de quatro indígenas que refletem sobre a realidade local e global e provocam o público a repensar o que se entende hoje por “civilização” e seus rumos.

 

“Levanta e Luta” (Brasil-DF, 2021, 10 min) - Naine Terena

O filme retrata o momento em que povos indígenas estiveram em Brasília em dezembro de 2014, na luta contra a PEC 215. Construído a partir de diversos registros, narra a força da ancestralidade indígena em um momento decisivo.

 

“Nakua Pewerewerekae Jawabelia – Até o Fim do Mundo” (Brasil-SC/Colômbia, 2019, 16 min) - Margarita Weweli-Lukana

Filme experimental, realizado com câmera de celular, parte do projeto "Unid@s contra a colonização: muitos olhos, um só coração", tentativa ritual de sanação das dores coloniais, dessas feridas abertas que nos doem a todos, human@s e não human@s, naturezas de Abya Yala.

 

Kunhamgue – Universo de Um Novo Mundo” (Brasil-PE-SP, 2020, 22 min) - Graciela Guarani

Na pandemia, Kunhangue nos mostra o modo transcendente das indígenas Guarani de São Paulo, apresentando o fortalecimento de suas existências como originárias - a Sabedoria Milenar Guarani que acessa um universo de um novo mundo.

 

Amotara 3 – O Sagrado e as Narrativas Originárias

25/08, às 19h00 (por 24 horas)

26/08, às 19h00 (até o final do festival)

 

“Jeroky Gwasu – Grande Canto” (Brasil-MS, 2021, 12 min) - Michele Perito Concianza Kaiowá

Filme ritual sobre o Grande Canto Kaiowá.

 

“A História da Cutia e do Macaco” (Brasil-MT, 2011, 12 min) - Wisio Kawaiwete

Enquanto o marido da cutia busca comida, a cutia se encontra com o macaco. Baseada em uma narrativa do povo Kawaiweté, esta é a primeira experiência cinematográfica de mulheres entre 18 a 70 anos da Terra Indígena do Xingu.

 

“Mãtãnãg, A Encantada” (Brasil-MG, 2019, 14 min) - Shawara Maxakali e Charles Bicalho

A índia Mãtãnãg segue o espírito de seu marido, picado por uma cobra, até a aldeia dos mortos. Juntos eles superam os obstáculos que separam o mundo terreno do mundo espiritual. O filme se baseia em uma história tradicional do povo Maxakali.

* Selecionado para: North Carolina Latin American Film Festival, Durham, EUA, 19/ Bang Awards Festival, Portugal, 19/ FIBABC, Espanha, 19

 

“Kaapora, o Chamado das Matas” (Brasil-BA, 2020, 20 min) - Olinda Muniz Silva Wanderley

Uma narrativa da ligação dos Povos Indígenas com a Terra e sua Espiritualidade, do ponto de vista da indígena Olinda, que desenvolve um projeto de recuperação ambiental nas terras de seu povo, tendo como lente a cosmovisão indígena.

 

Música e Modo de Viver dos Guaranis

22/08, às 19h00 (por 24 horas)

26/08, às 19h00 (até o final do festival)

 

“Nhandereko Aldeia Nhamandu Mirim de Peruíbe-SP” (Brasil-SP, 2021, 20 min) - Christian Saghaard e Emerson Boy (concepção)

Os integrantes da aldeia Nhamandu Mirim cantam melodias tradicionais do povo Guarani e composições próprias que dialogam com a música popular romântica, entre elas um duo com o Pajé Pitotó e o DJ Pankadão.

 

“Nhandereko Aldeia Paranaouã de São Vicente-SP” (Brasil-SP, 2021, 18 min) - Christian Saghaard e Emerson Boy (concepção)

Os integrantes da aldeia Paranapuã cantam e dançam músicas tradicionais do povo Guarani. Essas músicas revelam a alma de uma aldeia em constante ameaça na sua territorialidade, uma vez que está localizada próxima a uma área urbana.

 

“Nhandereko Aldeia Takuari-Ty de Cananéia-SP” (Brasil-SP, 2021, 25 min) - Christian Saghaard e Emerson Boy (concepção)

Os integrantes da aldeia Takuari-ty cantam e dançam músicas e rituais do povo Guarani com a participação de jovens e crianças. Destaque para a dança do Xondaro (Dança dos Guerreiros), com os integrantes da aldeia localizada no Vale do Ribeira.

 

“Nhandereko Aldeia Pyau de Jaraguá-SP” (Brasil-SP, 2021, 21 min) - Christian Saghaard e Emerson Boy (concepção)

A aldeia apresenta cantos que refletem a força e a determinação de sobrevivência, bem como sua resistência cultural em plena capital paulista. As músicas foram compostas em homenagem ao líder indígena Karai Poty, fundador da aldeia.

 

Experimenta: Duo Strangloscope

23/08, às 19h00 (por 24 horas)

26/08, às 19h00 (até o final do festival)

 

“Parking Area” (Estados Unidos, 2014, 5 min) - Duo Strangloscope

Estacionar. Tempo de admiração e descoberta, ecos e reconhecimento do outro, do espaço e dos tempos que preservam o segredo das coisas e sua perfeição.

 

“Nuclear Emulsion” (Brasil-SC, 2013, 4 min) - Duo Strangloscope

Interseções entre natureza, pintura, fotografia e cinema na busca de uma poética que expresse a passagem do tempo que escultoricamente se imobiliza na petrificação do humano como paisagem. Corpo fragmento. Corpo paisagem. Pedra.

 

“[Antikapitalistischen]” (Alemanha, 2015, 3 min) - Duo Strangloscope

Desfile de intenções/tensões: o que há, o que poderia ser e o que resta. Acaso e ironia, palavra de ordem e ordenamento caótico do acaso, anticapitalismo em brados do coletivo em marcha em contraste com o movimento blasé do individualismo.

 

“No Justice No Peace!” (Brasil-SC, 2021, 10 min) - Duo Strangloscope

O acúmulo de imagens de violência que nos chega durante a pandemia é responsável pelo bloqueio do desejo, da vontade, da persistência. O filme é uma volta ao trabalho de criação artística como modo de nos irmanarmos na luta contra o fascismo racista genocida.

 

“Movimento” (Brasil-SC, 2018, 3 min) - Duo Strangloscope

Num balé corpóreo as imagens jogam com os movimentos de contra-ataque, resistência e rebeldia, buscando responder às atuais crises globais e locais.

 

“Sólo un Poco Aquí” (México, 2018, 6 min) - Duo Strangloscope

No vibrante espaço das imagens, os deuses, cada um em seu lugar, vêm em nossa direção por um grito ou por um rosto e a cor do rosto tem seu grito; e o choro vale o seu peso de imagens no espaço em que a vida amadurece.






Céu de Agosto - Jasmin Tenucci 4.jpg

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