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terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Cultura: Ler é Saber

Texto: Maria Lúcia Zanelli
Fotos: Divulgação


Janeiro é mês de férias. Ler um bom livro faz parte do cotidiano de quem quer descansar do dia a dia atribulado. Escolhi alguns livros interessantes que estou lendo. Espero que vocês gostem... Boa leitura!!!




O fio (Victoria Hislop, Ed. Intrínseca, 365 págs.) - A história narra o destino de duas famílias na Grécia do século 20. Dimitri é um idealista. Filho de um rico comerciante de tecidos e educado para a vida aristocrática, ele decide fugir com o exército durante a 2ª Guerra Mundial. Katerina, bordadeira de renome, é uma refugiada da Ásia Menor que se perde da mãe ainda criança. Dimitri e Katerina se conhecem numa improvável vizinhança, que reúne judeus, cristãos e muçulmanos, gregos e gregos "novos": uma espécie de amostra da grande colcha de retalhos em que se transformou a Grécia ao longo do século 20. Acompanhando a vida desses dois personagens, o leitor é convidado a conhecer a história grega recente: desde a guerra com a Turquia e a troca de populações que a sucedeu até as batalhas contra os nazistas e os horrores da guerra civil. Em uma narrativa emocionante, O Fio mostra como a força e a coragem são capazes de construir laços que resistem às maiores adversidades.




Eu compro,sim, mas, a culpa é dos hormônios - (Pedro de Camargo, Ed. Novas Ideias) - Entenda o comportamento do consumidor e aprenda a comprar com consciência! Este é um livro divertido. O tipo de livro que a gente tem que ler nem que seja só para continuar uma conversa quando aqueles terríveis momentos de silêncio se instalam entre os interlocutores. Mas, além disso, este é um livro sério, muito sério. (Antes de começar a lê-lo, vale a pena dar uma olhada nas referências bibliográficas). 
A proposta sensacional de Pedro de Camargo é demonstrar, da forma mais simples possível, como nosso comportamento de consumo está diretamente ligado aos neurotransmissores responsáveis pelas sensações de prazer. Parece complicado, mas sob a escrita de Camargo você vai compreender perfeitamente alguns de seus comportamentos pouco ortodoxos, embora comuns, como assaltar a geladeira em noites mais frias, ou comprar aquele monte de bobagens que nunca, em toda a sua vida, pretendeu usar... E, como cortesia, com as dicas no fim de cada capítulo é possível aprender a combater seus próprios neurotransmissores endoidecidos — e consumistas — e conquistar o orçamento saudável com que sempre sonhou.

Marighella - O Guerrilheiro que Incendiou o Mundo - (Mario Magalhães, Companhia das Letras)
A vida de Carlos Marighella (1911-1969) foi tão frenética quanto surpreendente. Militante comunista desde a juventude, deputado federal constituinte e fundador do maior grupo armado de oposição à ditadura militar — a Ação Libertadora Nacional —, esse mulato de Salvador era também um profícuo poeta, homem irreverente e brincalhão. Nesta narrativa repleta de revelações, o jornalista Mário Magalhães investiga as várias facetas do biografado. Em ritmo de thriller, reconstitui com realismo desconcertante passagens pela prisão, resistência à tortura, operações de espionagem na Guerra Fria e assaltos da guerrilha a bancos, carros-fortes e trem-pagador. Mas também recupera a célebre prova de física respondida em versos no Ginásio da Bahia e poemas de amor.
Isso sem negligenciar a influência internacional de Marighella e seu Minimanual do guerrilheiro urbano, guia que correu o mundo e virou cult nos anos 1960. Traduzido para dezenas de idiomas, é tido hoje como um clássico da literatura de combate político, e levou Jean-Paul Sartre, admirador do estilo de seu autor e de sua disposição para a ação audaz, a publicar artigos seus na revista Les Temps Modernes. A controversa vida de Marighella é também uma história dos movimentos radicais e da esquerda no Brasil e no mundo. Coadjuvantes de peso, que tangenciaram a vida do protagonista, povoam estas páginas: Fidel Castro, Getúlio Vargas, Che Guevara, Carlos Lacerda, Stálin, Luiz Carlos Prestes e Carlos Lamarca, além de figuras-chave da cultura, como os escritores Jorge Amado e Graciliano Ramos; os pintores Cândido Portinari e Joan Miró; os dramaturgos Augusto Boal e Dias Gomes; e os cineastas Glauber Rocha, Jean-Luc Godard e Luchino Visconti.
Proclamado pela ditadura militar como seu inimigo número um, o guerrilheiro foi morto em uma emboscada policial em São Paulo, na noite de 4 de novembro de 1969. Do início ao fim, esta biografia de tirar o fôlego apresenta informações inéditas sobre a trajetória de Marighella e o atribulado e apaixonante tempo em que ele viveu.

O Livrinho da Preguiça - (Editora Nossa Cultura, Lucy Cooke) - Tudo começou quando a cineasta e zoóloga britânica Lucy Cooke produziu uma série de vídeos que apresentavam os bichos-preguiça do santuário Preguicity, que fica na Costa Rica. Os vídeos da zoóloga, que é amante de bichos tido como “estranhos”, tiveram mais de 20 milhões de visualizações.
Quem trouxe essa novidade para o Brasil foi a Editora Nossa Cultura, que pode ser encontrado nas melhores livrarias do país com o título: O livrinho da Preguiça. A obra é um grande convite para que todos conheçam melhor o santuário dos bichos que recebem cuidados mais que especiais neste local. Com fotos das preguiças em todas as páginas, o livro conta como é o dia a dia de cada um, desde uma simples refeição dos bichos já adultos até os cuidados especiais que um recém nascido necessita.
“O que a preguiça deixa a desejar em velocidade ela compensa em acrobacias extravagantes, no mais alto estilo galho-em-galho. A preguiça-de-três-dedos é o único mamífero do planeta que possui algumas vértebras extras no pescoço; o que lhe permite virar a cabeça até 270 graus.”  
            A autora da obra fundou o Sloth Appreciation Society (Sociedade dos Apreciadores do Bicho-Preguiça), que procura promover a preguiça como o verdadeiro rei da selva e educar um mundo em que ser rápido é imprescindível.
O trabalho de Lucy Cook tem ajudado a levantar milhares de dólares para a conservação do bicho-preguiça.  No final do livro o leitor encontra informações sobre como “adotar” um preguiça e ajudar a manter a instituição através de doações.
Em O Livrinho da Preguiça, surpreenda-se com as imagens e uma rica ilustração do bicho-preguiça e conheça um pouco mais sobre esses animais, que segundo o Jornal Washington Post, são os novos gatinhos.


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