SAÚDE - Diabetes X Menopausa

 

Para mulheres com diabetes, a reposição hormonal via transdérmica é preferível Atividade física regular é essencial tanto para o controle glicêmico quanto para o alívio dos sintomas da menopausa

As alterações hormonais durante a menopausa podem comprometer significativamente o controle do diabetes em mulheres, exigindo atenção redobrada nesta fase da vida, de acordo com endocrinologista Dra. Lorena Lima Amato. "Durante a menopausa, a redução nos níveis de estrogênio afeta diretamente o metabolismo da glicose e aumenta a resistência à insulina, que é o primeiro passo para o diabetes tipo 2", explica a especialista. Outro fator agravante, segundo Dra. Lorena, é a redistribuição da gordura corporal, que se torna mais centralizada neste período. "O acúmulo de gordura visceral favorece o desenvolvimento e a progressão do diabetes", alerta. Quanto à terapia de reposição hormonal (TRH), a médica esclarece que é segura para pacientes com diabetes, mas com ressalvas. "Para mulheres com diabetes, a reposição hormonal via transdérmica é preferível, pois tem menor impacto no risco de trombose e no metabolismo de lipídios", orienta. No entanto, Dra. Lorena Amato adverte que pacientes com risco cardiovascular aumentado, obesidade grave, hipertensão mal controlada ou doença cardiovascular estabelecida podem ter contraindicações para a TRH. No aspecto nutricional, embora não existam evidências científicas definitivas, a endocrinologista recomenda atenção a nutrientes específicos. "Manter a vitamina D em níveis ótimos pode ajudar na regulação do metabolismo da glicose. A ingestão adequada de cálcio e fibras também é fundamental, pois as fibras impedem picos de glicose e, consequentemente, de insulina", destaca. Ela menciona ainda que a deficiência de magnésio pode aumentar a resistência à insulina. A atividade física regular é essencial tanto para o controle glicêmico quanto para o alívio dos sintomas da menopausa. "Recomendamos exercícios aeróbicos moderados a intensos por pelo menos 150 minutos semanais. Para atividades mais leves, o ideal são 300 minutos por semana", orienta a especialista. Dra. Lorena enfatiza ainda que o ganho de massa magra aumenta a sensibilidade à insulina, enquanto exercícios de alongamento melhoram a qualidade de vida e previnem quedas, especialmente importantes nesta fase.   Sobre a Dra. Lorena Lima Amato - A especialista é endocrinologista pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), com título da Sociedade Brasileira de Endocrinologia (SBEM), endocrinopediatra pela Sociedade Brasileira de Pediatria e doutora pela USP.   Serviço:   Site: https://endocrino.com/   www.amato.com.br  Instagram: https://www.instagram.com/dra.lorenaendocrino/